5 de outubro de 2015

CNI aponta eixos logísticos prioritários para a região

O setor produtivo da região Norte do Brasil gasta R$ 33,5 bilhões por ano com o transporte de cargas. Esse custo será reduzido com a conclusão de obras que tornem a movimentação de mercadorias mais ágil e eficiente. E há muito a ser feito, principalmente para tornar viável a navegação nos rios da Bacia Amazônica. As hidrovias são o modal que mais podem melhorar o sistema de transportes dos Estados do Norte. Paralelamente, são necessárias reformas e ampliação dos portos. Os caminhos para melhorar a infraestrutura da região estão no Projeto Norte Competitivo, produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações de indústria dos Estados, publicado em 2010 e revisado em 2014. 
O estudo aponta que é necessário consolidar nove eixos logísticos para integrar a malha de transportes, com investimentos de R$ 30,1 bilhões. Alguns deles precisam de melhorias. Outros, por sua vez, ainda não podem ser utilizados por ainda não terem saído do papel. Caso as obras sejam concluídas, a região economizará R$ 5 bilhões por ano com transporte de cargas.
A partir de hoje, e durante as próximas quatro semanas, a Agência CNI de Notícias divulga as principais conclusões dos estudos e projetos sobre as regiões Norte, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O estudo Sudeste Competitivo, ainda inédito, será divulgado no dia 26 de outubro, em Belo Horizonte.

1. HIDROVIA JURUENA/TAPAJÓS
 A hidrovia foi idealizada para ligar o norte de Mato Grosso ao rio Tapajós, no Pará, mas o projeto ainda está na prancheta. Uma vez navegável, o rio será essencial para escoar a produção agroindustrial, como soja, derivados e carnes, dos Estados do Centro-Oeste para o Norte.
Investimento: R$ 3,9 bilhões. 

Economia anual: R$ 1,8 bilhão (valor baseado no volume de carga estimado para 2020)

2. HIDROVIA DO RIO MADEIRA
 Importante rota para a agroindústria, o rio Madeira liga Porto Velho (RO) ao rio Amazonas. É a hidrovia com maior volume de cargas do País, mas precisa de melhorias na navegabilidade, como sinalização e dragagem - obras que ampliam a profundidade do rio para permitir a tráfego de navios maiores.
Investimentos:  R$ 702,8 milhões 

Economia anual: R$ 96 milhões (2020)

3. BR-163, VIA MIRITITUBA (PA)
 A rodovia é a principal ligação por terra entre o Centro-Oeste e o Norte e está em obras há 40 anos. Sua conclusão é essencial para direcionar a produção agroindustrial para portos do rio Tapajós, no Pará, desafogando rodovias e portos do Sul e Sudeste.
Investimento: R$ 1,4 bilhão 

Economia anual: R$ 945,7 milhões (2020)

4. HIDROVIA DO RIO TOCANTINS E BR-242
 Um dos principais braços do rio Amazonas, o Tocantins deve ser rota importante para escoar a produção do leste de Mato Grosso e do próprio estado de Tocantins para o Norte. Mas é preciso pavimentar a rodovia e garantir a navegabilidade do rio.
Investimento: R$ 4,8 bilhões

Economia anual: R$ 895,6 milhões (2020)

5. BR-364
 A rodovia liga Cuiabá (MT) a Porto Velho (RO) e é importante rota para escoar a produção do oeste mato-grossense para a Hidrovia do Madeira. Deteriorada, a estrada precisa de melhorias.
Investimento: R$ 1,1 bilhão

Economia anual: R$ 248 milhões (2020)

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