O mês de outubro começa com profundas mudanças na estrutura da máquina administrativa do Governo Federal por conta da reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT). O Ministério dos Transporte foi preservado pelo Palácio do Planalto, nesse primeiro momento, pelo fato de várias obras estarem em andamento pelo Brasil, apesar da crise que atinge outros setores da economia.
Um estudo realizado essa semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra os cinco eixos de logísticas que precisam de investimento por parte do Governo Federal. Trata-se da BR-364 e a hidrovia do rio Madeira. A CNI já havia feito estudo parecido no ano passado e houve pouco avanço nessa estrutura modal.
O que se percebeu nos últimos anos, foi a crescente demanda de investimentos na região Norte, com a construção de portos e a chegada de novas indústrias. Porto Velho, por exemplo, foi contemplado recentemente com a inauguração do porto do grupo Amaggi. A cidade também ampliou o número de rede de supermercado e outros grupos empresariais estão sinalizando investimentos em curto espaço de tempo.
O grupo Cargill, outro gigante do transporte de soja, está ampliando seus investimentos e está otimista com o crescimento de Rondônia, principalmente no cultivo da soja. A empresa multinacional está de olho também no mercado do Mato Grosso e vê com bons olhos a importância da duplicação da BR-364 e a hidrovia do rio Madeira, em Porto Velho.
Estudos revelam que a produção de soja deve crescer mais de 6%. É um sinal que teremos na BR-364 um volume maior de carretas transportando soja com destino aos portos da capital. Até o momento, não vê sair do papel projeto de ampliação da rodovia federal, hoje responsável por um grande índice de acidentes – só na semana que passou cinco pessoas perderam a vida.
O estudo realizado pela CNI e a importância do trabalho desenvolvido nos últimos dias pela Federação da Indústria do Estado de Rondônia (Fiero) são medidas importantes que merecem um tratamento especial pelo Ministério dos Transportes. Se de fato o Brasil tem interesse em sair da crise, o estudo da CNI na logística da região é o primeiro passo.
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