A carava pela restauração da BR-319, no trecho entre Porto Velho e Manaus, ganha força e começa a construir uma nova história em Rondônia. Está prevista para esta semana uma reunião em Brasília para tratar da retomada das obras do rodovia federal, embargadas na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). O instituto federal, ao justificar a embargo, alega mudança no projeto de restauração da estrada, mas ficou acertado na última semana que as obras serão retomadas.
Na tarde de ontem, parlamentares e representantes do setor produtivo do Estado lideraram a caravana pela 319 e devem chegar nesta terça-feira em Manaus. Na bagagem, levam à audiência pública que vai acontecer na Assembleia Legislativa do Amazonas propostas que visam garantir a retomada do desenvolvimento da Amazônia com sustentabilidade, respeitando acima de tudo a preservação da floresta.
Em tempos de crise econômica no Brasil, a BR-319 é nesse momento a única alternativa emergente de mudar o rumo da economia brasileira com escoamento da produção agrícola do Brasil até o mercado amazonense. Rondônia tem se destacado na exportação de produtos para o restante do Brasil e exterior por meio da hidrovia do rio Madeira. Ocorre que uma viagem até a cidade de Manaus, apesar de ser econômica, geralmente consome quatro dias de viagem. Com a rodovia restaurada, esse tempo encurtará para 1 dia.
O turismo é visto pela população rondoniense como outra forma de impulsionar a economia dos dois Estados, além de atrair turistas de outras regiões para conhecer a Amazônia. Sem dúvida, o Amazonas tem forte interesse em garantir a estrada em boas condições de trafegabilidade. A Federação da Indústria do Estado de Rondônia (Fiero) disse que a rodovia federal é uma questão de prioridade para a indústria nesse momento.
O superintendente da Fiero, Gilberto Baptista, diz que o mercado rondoniense tem sede de comercializar seus produtos no Estado amazonense, mas a falta de logística tem comprometido esse desejo. Com a estrada em boas condições de tráfego, será possível transportar alimentos produzidos em solo rondoniense com qualidade, principalmente carne, frango e peixe. Todos ganham com a rodovia.
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