6 de fevereiro de 2016

A confiança do comércio e a expectativa do consumidor

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec). Os números mostram aumento de 2,4% em janeiro na comparação com dezembro de 2015. A alta do dólar gerou preocupação no mercado, afastando novos investidores e travando o desenvolvimento do Brasil.
Rondônia, apesar de estar em uma posição privilegiada na economia por conta da força produzida pelo agronegócio, sentiu um pouco o reflexo da crise no mês de janeiro, conforme mostrou um estudo encomendado pela Federação do Comércio  de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia (Fecomércio).
O trabalho feito a pedido da Federação revelou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caminha com destino certo ao pessimismo. É possível que essa queda tenha ligação com as férias escolares e coletivas nas empresas. Janeiro é considerado para o comércio um mês fraco nas vendas, mas não se pode esquecer que no mês de dezembro o governo do Estado injetou mais de R$ 100 milhões na economia com o pagamento de salários dos servidores públicos e a última parcela do décimo terceiro.
Muitos servidores públicos da União, Estado e municípios possam ter optado pelo parcelamento das compras de final de ano. Talvez esse parcelamento no cartão de crédito tenha retraído o consumidor e recuando as vendas no mês de janeiro.
Na pesquisa da CNI, o  índice de expectativa sobre a renda pessoal cresceu 4,6%, o de endividamento subiu 4,6% e o de situação financeira avançou 2,4% frente a dezembro. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que esperam o aumento na renda e que perceberam melhora da situação financeira e a queda do endividamento.
Geralmente em período de recesso parlamentar no Congresso Nacional, as especulações políticas sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) acabam se estabilizando, proporcionando maior equilíbrio nas bolsas de valores, no dólar e na confiança da população de um futuro melhor.  Embora o déficit no orçamento geral da União tenha preocupado o mercado,  as perspectivas sobre a inflação e o emprego também melhoraram.
As novas medidas econômicas anunciadas por Dilma esta semana, com a proposta de retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), podem impulsionar as vendas no comércio, mas produzirá efeito negativo ao Congresso Nacional.

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