Os próximos meses prometem ser de muita turbulência no Congresso Nacional, quando os parlamentares e senadores retornarão do recesso de Carnaval e vão debater a proposta do Governo Federal que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Na abertura dos trabalhos legislativos do Congresso, a presidente Dilma Rousseff (PT) fez questão de ir até a Câmara Federal e pedir “encarecidamente” o apoio aos congressistas no retorno do tributo.
A ação de Dilma é vista como um ato de coragem. No ano passado, os parlamentares fizeram fila na tribuna para criticar o atual modelo da política econômica de governo adotada pelo Palácio do Planalto e exigiram a saída da petista.
Ao que parece, a retomada do imposto se tornou para a equipe econômica do governo como a única alternativa de equilíbrio da economia financeira. O Brasil enfrenta nos últimos meses os piores índices econômicos da história do País. Números divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam que o faturamento da indústria diminuiu 8,8%, as horas trabalhadas caíram 10,3% e o emprego teve queda de 6,1% no ano passado na comparação com 2014.
Além da CPMF, será enviado à análise do Congresso Nacional outras medidas, entre elas, a que altera as regras da Reforma da Previdência. O governo já sinalizou abertura e recebimento de propostas ao Congresso Nacional, mas dificilmente algum parlamentar terá fôlego de discutir o assunto em momento de grande turbulência no Congresso.
A responsabilidade agora está nas mãos do Congresso Nacional, que terá a missão de votar ou devolver a proposta ao Governo Federal. Nos Estados, a população deve acompanhar de perto o posicionamento das duas casas legislativas e saber como votará cada parlamentar. A população não aguenta mais o peso da carga tributária.
A Câmara, como bem discursou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), não deve se furtar de suas obrigações e colocar o tema como prioridade na ordem do dia. O Brasil passa por um momento bem delicado e é necessário o apoio de todos. Dilma foi aplaudida quando entrou no Congresso, mas recebeu interferências dos deputados quando falou em CPMF. É um sinal claro que o governo já deve começar a pensar em outra alternativa para retomar ao crescimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário