2 de setembro de 2016

A disputa pela casa própria em Porto Velho

As últimas estimativas produzidas ainda na gestão do ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), em 2012, indicava um déficit populacional de 90 mil moradias no município. Naquela época, o número de habitantes da capital rondoniense estava bem próximo de 470 mil. A última estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contabilizou 511.219 residentes, apesar da conclusão das obras das usinas de Santo Antônio e Jirau.
A realidade hoje pode estar mais agravante, apesar do governo ter investimento pesado na região com a entrega de mais de 10 mil residências nos últimos anos por meio do programa governamental “Minha Casa, Minha Vida”. Todo esse investimento prioritário  não foi suficiente para atender à demanda da população. Um forte indicativo dessa realidade são as longas filas que estão se formando na frente dos cinco Centros de Referência de Assistência Social (Cras), na busca pelo CadÚnico, a porta de entrada para os programas do governo, dá direito a população integrar o cadastro de pessoas sem casa própria.
Em Porto Velho ainda existem inúmeras áreas que foram invadidas pela população por dois motivos: o primeiro foi o descaso dos donos das propriedades que estavam abandonadas e tomadas pelo mato. O segundo ponto é a necessidade de moradia. Com o impacto da crise econômica, milhares de famílias perderam o emprego e hoje vivem de favor ou estão residindo com parentes. Essa situação habitacional não é um problema existente somente na capital. Acontece em todos os Estados da federação.
A disputa pela casa própria é justa. Os Estados e municípios foram, durante um bom tempo, parceiros do Governo Federal na execução de projetos destinados à construção de novas residências. As maiores regiões beneficiadas foram Norte e Nordeste. Com a mudança de governo, se espera que esses programas sociais recebam prioridade nos próximos anos.
A construção de novas moradias, além de atender uma demanda grande de um importante segmento da sociedade, permite aquecer a economia do município, gerar novos postos de trabalho e movimentar o comércio de material de construção. A parceria com os municípios é importante. Dentro de 32 dias, a população estará elegendo novos representantes. Em tempos de eleições, é importante conhecer dos candidatos as ações voltadas a programas sociais. Trata-se de um tema pouco explorado, mas que vale a pena entrar na pauta de prioridades de todos os governos, independente da bandeira partidária.

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