O mês de agosto fechou com mais de 33.953 demissões, conforme revelou na última sexta-feira os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. Trata-se do 17° resultado negativo consecutivo e que vai afetar gravemente nas gestões dos futuros prefeitos eleitos no próximo domingo.
Além de um grave problema social nos municípios, os gestores públicos terão menos recursos para investimentos nas áreas da saúde, educação e agricultura. Somente nos últimos 9 meses, Rondônia recebeu menos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Alguns investimentos foram reduzidos por conta da queda na arrecadação de impostos.
O avanço do desemprego no Brasil é um sinal que várias empresas estão fechando as atividades e por conta disso deixarão de pagar impostos. Isso reflete diretamente na previsão orçamentária dos municípios. Os prefeitos, ao elaborar a proposta orçamentária do próximo ano, a chamada Lei Orçamentária Anual (LOA), tiveram a preocupação de não fazer previsões fantasiosas.
Em tramitação na Assembleia Legislativa, o Orçamento do Estado para o exercício de 2017 foi fixado em R$ 7,3 bilhões, valor bem semelhante ao investimento previsto no orçamento de 2016. O município de Porto Velho também teve a preocupação de estabelecer um orçamento enxuto e dentro da realidade econômica. Não adianta fazer previsões elevadas sem um planejamento eficaz.
Conforme revela os dados do Caged. Os setores que tiveram as maiores perdas de vagas formais foram construção civil (-22.113 postos), agricultura (-15.436) e serviços (-3.014 postos). São nessas pastas que os gestores públicos precisam estabelecer uma pauta de prioridades.
Segundo a pesquisa, três setores da atividade econômica tiveram saldo positivo de geração de postos de trabalho em agosto. São eles a indústria da transformação, com criação de 6.294 vagas; o comércio, com 888 novos postos, e o setor de extração mineral, com 366 vagas.
As perdas mais significativas de vagas foram registradas no Rio de Janeiro (-28.321 vagas), em Minas Gerais (-13.121) e no Espírito Santo (-4.862). Por outro lado, o emprego formal teve resultado positivo em 13 Estados brasileiros. O Rio enfrenta uma situação bastante delicada em função do atraso no pagamento dos salários dos servidores. Na mesma situação está o Rio Grande do Sul. O estado de Rondônia ainda respira aliviado nas finanças por conta do agronegócio, mas é preciso avançar no campo e na industrialização.
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