Petista chora após a votação no Senado; Foto: (José Cruz) |
Ontem, no momento da votação do julgamento final de Dilma Rousseff, o Banco Central (BC) informava que o setor público, formado por União, Estados e municípios, registrou déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, de R$ 12,816 bilhões, em julho. O mar não está para peixe, principalmente nesse momento de instabilidade. Não será fácil.
Os economistas revelam que esse foi o pior resultado para o mês na série histórica, iniciada em dezembro de 2001. Conforme anunciou o BC, o resultado do mês superou o déficit primário de R$ 10,019 bilhões registrados em julho de 2015. Nos sete meses do ano, o resultado negativo chegou a R$ 35,592 bilhões, contra superávit de R$ 6,205 bilhões, em igual período de 2015.
O Senado Federal, mais uma vez, cumpriu seu dever constitucional e exerceu o papel de juiz na reta final do processo de afastamento de Dilma. Ao mesmo tempo, chamou para a responsabilidade a construção de um Brasil melhor para todos. É esperado que o governo Michel Temer promova as reformas necessárias nos próximos dois anos de governo.
O Brasil tem pressa em crescer e já perdeu muito tempo. Não será fácil colocar o País no rumo do crescimento. A voz das ruas, mais uma vez, prevaleceu. A população clamou por mudanças e, mostrou, a importância do direito de manifestação justamente no momento em que o Brasil testemunha um dos maiores escândalos de corrupção projetados com a operação Lava Jato.
Ainda tem muito por fazer. O próximo a ser defenestrado da vida pública será o ex-presidente da Câmara Federal, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Feito isso, o Congresso Nacional estará mais uma vez virando a página negativa da política. Da mesma forma que a operação Lava Jato ganhou prioridade e independência no governo de Dilma, os trabalhos devem ter sequência na gestão Temer. O Brasil também não pode esquecer das Dez Medidas de Combate à Corrupção que estão tramitando no Congresso.
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