28 de setembro de 2016

Violência no campo começa a mostrar força em Rondônia


Os integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) retornaram novamente à Fazenda Bom Futuro, na região de Seringueiras, e produziram novos estragos. A ação dos “elementos” acontece a menos de um mês da desocupação da área por determinação da Justiça. Ao desocuparem o local pela primeira vez, os integrantes da LCP deixaram um rastro de destruição na propriedade rural.
Sem dúvida, o ato de vandalismo praticado nessa propriedade rural não representa de fato a pauta de reivindicação da LCP. Invadir propriedade rural sem o consentimento do proprietário é crime e os infratores merecem ser punidos com o rigor da Lei Penal. A ação promovida por integrantes desse movimento pode representar uma verdadeira afronta ao poder de polícia do Estado e ao Poder Judiciário.
O caso de invasão precisa ser apurado com rigor da lei e deixa preocupado outros donos de propriedades rurais. Representantes do movimento “Todos Pela 429” cobram a presença da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal, caso não sejam atendida a reivindicação, ameaçam fazer justiça com as próprias as mãos.
Não é com a força do braço que o problema fundiário no Estado será resolvido. O Instituto Federal de Colonização e Reforma Agrária (Incra) precisa dar uma resposta ao Poder Judiciário e resolver de forma definitiva a pauta de reivindicação da CLP. Eles reivindicaram. No acordo firmado entre Estado, Justiça e integrantes da liga no mês de agosto, a LCP seria remanejada para uma área distante cerca de 300 quilômetros. Essa exigência não teria sido atendida pelos órgãos do Estado.
Muitos temem que a região da BR-429 se transforme em uma terra sem lei. Na região de Vilhena, Sul do Estado, cinco pessoas foram executadas e a polícia até o momento não tem pistas dos suspeitos sobre a matança. As investigações apontam que o crime teria sido motivado por disputa por terra. Ocorre que nem sempre os responsáveis pelos crimes são presos.
Rondônia precisa de uma força-tarefa especial para solucionar os problemas com a regularização dessas áreas que estão em conflitos. A ocupação de fazendas traz prejuízos econômicos para os Estados e municípios. Fazenda é como uma empresa. Além de gerar emprego, contribui para a arrecadação dos municípios. O Estado não pode permitir que os integrantes da LCP ditem as regras em Rondônia.

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