O temido fantasma da operação “Lava Jato” continua infernizando a vida da classe política no Brasil de Norte a Sul, por conta de financiamento de campanhas eleitorais nas eleições de 2010. Desta vez, quem foi alvo de mais uma operação deflagrada pela Polícia Federal foi o presidente da Odebrecht, o empresário Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques.
Talvez sua prisão tenha sido desnecessária nesse momento. Os dois empresários possuem endereço próprio, e são conhecidos no mundo empresarial. Não oferecem, nesse momento, perigo à sociedade. Ele também foi intimado e ouvido recentemente em depoimento prestado na sede da Polícia Federal. É justificativa o motivo da prisão o surgimento de fato novo. E foi justamente o surgimento de novos fatos que culminaram com as prisões de ontem. As duas empresas lideravam o cartel da propina, segundo o Ministério Público Federal.
Em acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que operacionalizou o pagamento de campanha eleitoral. Em depoimentos colhidos na Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter arrecadado R$ 30 milhões para caixa 2.
A cada dia que passa, a operação vai tomando novos rumos e aterrorizando, principalmente nos finais de semana, a vida de políticos e ex-parlamentares cujos os nomes foram citados durante depoimentos dos primeiros presos. Não há como divulgar à imprensa, o tamanho do rombo ocasionado no Brasil durante o maior escândalo de corrupção do Brasil.
Pelo decorrer do processo, novos fatos vão surgir nos próximos dias. A situação política no Brasil por conta da operação está ficando cada vez mais insustentável e não se tem previsão de quando os trabalhos de investigação da Lava Jato serão de fato finalizados. Muito peixe graúdo poderá cair e a Justiça tem agindo a conta-gotas com novas prisões todos os meses.
Apesar de toda a roubalheira dos cofres públicos, o Brasil assiste, pela primeira vez, a prisão de dezenas de milionários e executivos envolvidos na construção de um cartel da propina.
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