A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou ontem em seu
site eletrônico que a conta de energia para o mês de julho terá um
acréscimo de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Esse indicativo
demonstra que o Brasil vai permanecer, pela quarta vez consecutiva este
ano, na classificação de bandeira vermelha (condições mais custosas de
geração).
Com a disparada do preço da energia, comerciantes e moradores
passaram a economizar e evitar o desperdício do consumo de energia.
Rondônia passou a produzir energia o suficiente para abastecer o Sul do
Brasil e recentemente foi interligada ao Sistema Nacional (SIN). Mas
talvez essa justificativa não significa dizer que a população estará
livre do ajuste.
Independente da disparada ou não do preço da tarifa da conta de luz, a
população – independente de estar concentrada em região onde existe
usina hidrelétrica – precisa ter a consciência de utilizar somente
aquilo que vai consumir. É comum em Porto Velho flagrar o desperdício de
energia, principalmente em escolas da rede pública estadual e
municipal. Outro problema gravíssimo que ocorre na capital da produção
de energia é justamente com o furto de energia em áreas de invasões.
Mesmo com a forte atuação da fiscalização, essa prática do roubo de
energia acontece com frequência. Alguém pagará por isso.
O frequente aumento da tarifa de energia elétrica ocorre no período
em que as grandes indústrias do sul do Brasil reduziram o volume de
trabalho. Outras empresas que atuam na fabricação de caminhões
resolveram conceder férias coletivas aos seus funcionários por conta da
pouca demanda na aquisição de veículos. A situação não anda muito boa no
bolso do consumidor por conta do fantasma da inflação que está atuando
no Brasil mesmo com a luz apagada.
Por outro lado, a região de Rondônia entra no período da estiagem,
com a redução do volume de água nos principais rios que banham a
Amazônia. Já do outro lado do País, a maior cidade do Brasil enfrenta a
pior crise com a falta de água no reservatório de Cantareira em São
Paulo, comprometendo também a produção de energia elétrica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário