É alarmante o número de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas em Porto Velho. Os dados divulgados esta semana pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) revelam que no ano passado foram causados 3,4 mil ocorrências somente na capital de Rondônia. Ocorre que as estatísticas não confirmam os números nas unidades de saúde da capital. Foram 631 acidentes automobilísticos com vítimas e 4.697 com motociclistas – também com vítimas.
A Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran) tem se esforçado no sentido de amenizar esses números, mas parece que a falta de imprudência contribui para o avanço dos números. Recentemente, a Setram fez um mapeamento dos principais cruzamentos de avenidas na capital. Nesses locais, foram instalados semáforos e sinalização vertical. Não resolveu. Os infratores das ruas apenas migraram para outros cruzamentos, contribuindo para o elevado índice de mortes, principalmente envolvendo motocicletas.
O Detran trabalha, mais uma vez, uma nova campanha de conscientização e tenta reverter essa realidade. As unidades de saúde não suportam mais receber pacientes, principalmente nos finais de semana, quando os índices de ocorrências apresentam um salto alarmante. Para complicar ainda mais a situação dos hospitais, principalmente do João Paulo II, ainda tem as ocorrências encaminhadas do interior.
As sequelas do trânsito estão causando sérios problemas na sociedade e no orçamento do Estado. As vítimas de acidentes estão na interminável fila de espera por cirurgias. Não podem trabalhar e as famílias acabam passando por necessidades. O Estado, por outro lado, não consegue atender à alta demanda e é obrigado a garantir a saúde e recuperação dos infratores.
Enquanto isso, o comércio de motocicletas dispara nas capitais e interior dos Estados. A oferta e a facilidade na aquisição do veículo tem colocado nas ruas milhares de pessoas despreparadas e que precisam retornar ao banco da sala da aula. Embora muitos são contra, a Lei Seca está conseguindo com frequência excluir das ruas dezenas de infratores. As multas foram elevadas, mas essas medidas parecem que ainda estão bem longe de mudar esses resultados.
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