25 de junho de 2015

Quem poderá salvar a Suframa?

A paralisação dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) completou um mês sem muito avanço na política de negociação salarial da categoria. A única conquista até o momento é a elaboração de um abaixo-assinado com aval de todos os superintendentes da Fecomércio na região Norte. O documento cobra um apoio da bancada da Amazônia às reivindicações constantes na pauta de negociação com o Governo Federal.
Somente no estado do Acre, a greve dos servidores gerou um prejuízo de R$ 29 milhões no comércio, conforme estimativa da Federação do Comércio. O maior problema da greve é o atraso na entrega da mercadoria, o que acaba implicando no relacionamento entre cliente e fornecedor. Em  outros Estados, longa fila de caminhões estão se formando nas cidades por conta da lentidão no processo de liberação das mercadorias.
Em recente entrevista a um jornal de Rio Branco, o  vice-presidente do Sindframa, Renato Santos, disse que a greve deve seguir por tempo indeterminado, até que seja derrubado o veto a um artigo da Medida Provisória 660, referente ao Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores. Ele disse que no último dia 15 os servidores do órgão se reuniram com empresários para apresentar as reivindicações e pedir apoio do setor. A intenção é que os empresários solicitem aos deputados federais e senadores o apoio para a derrubada do veto.
A Suframa tem forte atuação na economia da região Norte e precisa do apoio dos deputados federais e senadores. Além das demandas que existem no setor, a superintendência ainda enfrenta sérios problemas com a falta de servidores. Há necessidade de realizar novo concurso público e ampliar no mínimo em 30% do efetivo de pessoal. A economia do Brasil cresceu ao longo dos últimos 8 anos, mas a superintendência se manteve com o mesmo quadro de pessoal.
A paralisação dos servidores está atingindo diretamente a logística do Brasil. Caminhoneiros estão levando até cinco dias para descarregar a mercadoria e retornarem às cidades de origem. Em algumas regiões, mercadorias perecíveis estão apodrecendo por conta da morosidade na fiscalização. Um prejuízo sem tamanho para o Brasil.

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