Na semana passada, o Banco Central revelou que os saques na caderneta de poupança foram bem superiores aos depósitos efetuados no mês de maio e atingiu uma marca histórica. Os brasileiros decidiram no mês de maio sacar R$ 3,199 bilhões a mais do que depositaram no período.
Os números divulgados na última sexta-feira preocupam a economia brasileira e revelam o endividamento das famílias. Ao longo dos últimos meses, os números mostraram que os brasileiros foram às agências bancárias espalhadas por todo o Brasil e resolveram sacrificar as cadernetas de poupança.
Muitos leitores devem recordar que no mês de abril, o Governo Federal resolveu aumentar a linha de financiamento de imóveis. Antes, para financiar uma casa, o cidadão precisava entrar com 20% do valor do imóvel e o restante poderia ser financiado pela Caixa Econômica Federal. Com a mudança na política econômica, o percentual de financiamento reduziu para 50%, estagnando o mercado imobiliário.
Essa mudança, de acordo com a equipe econômica do governo, tinha como objetivo reduzir o volume de saques na poupança e elevar os depósitos em conta-corrente. Ao que parece, a iniciativa governamental não apresentou resultado satisfatório e, pode ter complicado ainda mais a vida dos banqueiros.
Para complicar ainda mais a situação das famílias brasileiras, o Banco Central anunciou na quarta-feira passada, o aumento da taxa básica de juros, a famosa taxa Selic, de 13,25% ao ano para 13,75%. Não se tem dúvida que esse pequeno reajuste vai influenciar de forma direta no aumento do juro do cheque especial e nas transações financeiras, principalmente em novas linhas de financiamento para aquisição da casa própria.
Com pouco dinheiro circulando no mercado, é possível que o futuro da economia brasileira possa encontrar pelo caminho dias difíceis na recuperação do crédito. Se a situação financeira dos bancos não está boa, com a caderneta de poupança no vermelho, pior ficará a vida das famílias, cada vez mais endividadas.
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