12 de março de 2016

A força que vem dos portos de Rondônia

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgou esta semana os números do Sistema de Desempenho Portuário (SDP). De acordo com o relatório, o Porto Graneleiro de Porto Velho, que está sob a responsabilidade da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), 2,8 milhões de toneladas de cargas em 2015, um aumento de 19% em relação ao período de 2014, revelando mais uma vez a importância do porto para o desenvolvimento do Estado.
Ao analisar os dados do SDP, chama a atenção a importância do porto da Cargill Agrícola, instalado em Porto Velho. Por lá, segundo o relatório, passou 1,09 milhão de toneladas de sementes de grãos, o que representa 39,2% da fatia de carga contabilizada em 2015. Já o grupo Bertolini, cujo porto fica localizado na região do Cujubizinho, na região de Porto Velho, ficou com a fatia de 11,6% do mercado.
Já os portos do Mato Grosso tiveram um crescimento de apenas 3,99% de toneladas em relação ao período de 2014. O maior movimento foi com minério e soja. Enquanto isso, os portos do Pará apresentaram um crescimento de 12,10% de cargas. Por lá, o grupo Bertolini movimentou acima da expectativa.
O Mato Grosso e o Pará, estrategicamente, são importantes para o Brasil. Eles movimentam uma grande quantidade de cargas e as previsões para este ano devem superar as expectativas. Na semana passada, o ministro Helder Barbalho, esteve em Belém, capital do Pará, participando do seminário “Setor Portuário: Desafios e Oportunidades”, promovido pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Na ocasião, ele anunciou que o Governo Federal está envidando todos os esforços para escoar a produção agrícola da Região Centro-Oeste.
Sem dúvida, a Secretaria está trabalhando para aumentar a capacidade de movimentação de grãos nos portos do Arco Norte, especialmente do estado do Pará. De acordo com projeção da SEP, a atual capacidade de transporte de graneis sólidos aumenta pelo menos 160% até 2020, passando de 8,5 milhões de toneladas (considerando portos públicos e privados) para 22,1 milhões de toneladas.
Rondônia ainda está longe de alcançar esses números, mas é importante o Brasil saber que os portos da região de Porto Velho estão em áreas estratégicas para atender à demanda de outros mercados internacionais. Pela Hidrovia do Rio Madeira é possível transportar mais de 10 milhões de toneladas por ano. Cabe uma discussão profunda sobre o tema e os empresários precisam seguir o exemplo do Pará e provocar um debate profundo no Estado.

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