A visita a Porto Velho do general Guilherme Theophilo Gaspar de Oliveira, comandante militar da Amazônia, é um sinal positivo da preocupação do Governo Federal com a preservação da rica e imensa floresta Amazônica. Gaspar desembarcou na região na última sexta-feira com a proposta de discutir in loco um plano estratégico na fiscalização de áreas de fronteira e principalmente a BR-319, rodovia federal que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). A estrada corta a Floresta Amazônica e obras de restauração serão retomadas com força total a partir deste semestre.
Conforme apurou o Diário, a região contará com um destacamento especial do Exército, cuja missão exclusiva será barrar uma eventual investida de madeireiros e garimpeiros em áreas de difícil acesso no meio da floresta. A novidade anunciada por Oliveira é aquisição de um helicóptero no auxílio de ações estratégicas no combate à exploração da floresta. A presença desse destacamento é importante, uma vez que o trabalho desenvolvido por esses profissionais sempre foi executado com muita responsabilidade na preservação do patrimônio brasileiro.
Na BR-319, o trecho conhecido como “meião da floresta”, distante mais de 400 quilômetros da cidade de Manaus (AM), é o local mais propício à investida do homem contra a natureza. A fiscalização ainda é precária em função da falta de estrutura, mas deve ser bem-vindo a construção de um pacto de preservação da estrada entre os governos de Rondônia e Amazonas. Os dois Estados poderiam auxiliar o Exército Brasileiro na fiscalização. Quando restaurada e em boas condições de trafegabilidade, a rodovia federal vai proporcionar a geração de receita aos dois Estados.
Rondônia tem uma importante vocação no setor do agronegócio e toda a produção agrícola produzida em Porto Velho chega ao Amazonas por meio de transporte fluvial. A viagem é longa e chega a ter uma duração de até quatro dias de barco - isso quando o rio está cheio. Pelo transporte via terrestre, os produtos vão chegar ao Amazonas em até 28 horas.
A presença do destacamento do Exército na fiscalização da Amazônia é importante e deve ser permanente, mesmo quando forem finalizados os serviços de restauração da BR-319.
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