O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou ontem o índice de gastos dos governos estaduais na saúde. Segundo o estudo, 18 ficaram abaixo da média de gasto per capita ao dia (menos de R$ 1,38). Nas piores posições, aparecem Pará (R$ 0,74 por habitante ao dia), Maranhão (R$ 0,77) e Mato Grosso do Sul (R$ 0,80). No extremo oposto, com os melhores desempenhos, estão Distrito Federal, o primeiro colocado (R$ 3,27), Acre (R$ 2,92) e Tocantins (R$ 2,50).
O estudo foi feito em parceria com a ONG Contas Abertas, com base em informações sobre as despesas apresentadas pelos gestores à Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda. Chama a atenção os valores aplicados por dia na saúde do cidadão: R$ 3,89 per capital para cobrir as despesas públicas com saúde dos mais de 204 milhões de brasileiros. Esses números são relativos ao exercício financeiro de 2014.
Não será surpresa se os números sofrerem uma queda nos próximos estudos. No ano passado, por exemplo, a saúde de grande Estados econômicos do Sul do Brasil entraram em colapso. No Rio de Janeiro, os servidores públicos entraram em greve, unidades de saúde fecharam e houve muita lágrima e ranger de dentes. O Distrito Federal também passou por situação bem semelhante com servidores em greve. A situação se repetiu ainda no Rio Grande do Sul.
Nos últimos dois anos, a transferência de recursos aos municípios para investimento em saúde está cada vez mais reduzida. A queda na arrecadação este ano nos cofres da União terá reflexo ainda mais nos próximos dias e será sentida na pele dos gestores públicos. O que se assiste no Brasil são unidades superlotadas e falta de pessoal para tocar a saúde.
Hoje o Brasil vive um período de pré-eleição e muitos pré-candidatos já demonstraram interesse em disputar as próximas eleições. O relatório divulgado pelo Conselho Federal de Medicina é rico em informações e serve de direcionamento para quem almejar disputar ser prefeito. Também mostra que será necessário trabalhar com os congressistas uma reforma no atual sistema.
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