A Universidade Federal de Rondônia (Unir) enfrenta hoje uma das piores crises financeiras após o forte escândalo de corrupção que culminou com o afastamento do ex-reitor Januário Amaral, em 2011. A instituição de ensino passa por problemas de ordem financeira em decorrência da queda relâmpago na transferência mensal de recursos por parte do Ministério da Educação (MEC).
Segundo apurou o Diário, a Unir tem uma despesa em média de mais de R$ 5 milhões/mês, mas o departamento financeiro da instituição recebe somente R$ 2 milhões, valor que inviabiliza a execução de alguns projetos e até mesmo o funcionamento dos serviços essenciais, com o pagamento de água, energia, segurança e serviços de limpeza nos campus da capital e interior do Estado.
A alegação, segundo informação repassada ao novo reitor da instituição, Ari Ott, é a redução do orçamento do Ministério da Educação. O problema é geral e outras instituições de ensino na região Norte enfrentam situação semelhante. A bancada federal tem se esforçado no sentido de viabilizar recursos para investimento em infraestrutura nos municípios de Ji-Paraná, Cacoal e Rolim de Moura, na zona da Mata, mas esse esforço não tem sido demonstrado por parte do Governo Federal.
Em julho do ano passado a Unir enfrentou uma greve que comprometeu o semestre de cursos importantes. Sensíveis ao grave problema na época, alguns professores, temendo complicar os trabalhos, resolveram não aderir à paralisação.
Em 2013, a Unir obteve notas 3 e 4, ficando entre os melhores cursos avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2012 juntamente com a São Lucas e Uniron, de Porto Velho. Na Unir, o curso que obteve melhor desempenho foi o de Direito da universidade federal em Porto Velho. Nos últimos anos, outros cursos ganharam destaque, um sinal que o corpo docente está preparado para trilhar um caminho promissor.
O novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, ao se apresentar aos servidores e colaboradores, na última sexta-feira, destacou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) como políticas que têm impacto direto na população e devem ser mantidos. A Unir tem forte importância na Região Norte e vai precisar de uma atenção especial do presidente interino Michel Temer.
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