A presença da Polícia Federal em diversas regiões de Rondônia, por conta da operação Alpargatas, é uma resposta à onda forte de violência massificada pelo comércio de drogas que dominava principalmente nos municípios de Ariquemes, Guajará-Mirim é Buritis. A localização geográfica desses municípios sempre foi vista como rota de fundamental importância no transporte de droga e os traficantes nunca deixarão de utilizar essa rota.
A cidade de Guajará-Mirim faz fronteira com a Bolívia e é considerada no meio do tráfico como o portal principal de entrada do comércio do tráfico internacional de drogas. De lá, os traficantes costumam utilizar estradas clandestinas com destino ao município de Ariquemes, cidade onde a criminalidade sempre foi um desafio à segurança pública estadual.
Buritis, também localizado na região da Grande Ariquemes, sempre foi palco de conflitos por terra. Policiais já foram executados, invasores de terras são assassinados e fazendeiros se tornam alvo da violência na região.
Os cortes no orçamento do Ministério da Justiça impactaram diretamente outras ações que estavam em andamento em Rondônia. O Estado, seja por meio das polícias Federal, Civil e Militar, tem que demarcar território e mostrar que Rondônia não é um Estado sem lei. A ação policial que resultou ontem na prisão de várias pessoas tem um custo pesado para os governos, mas precisa acontecer com maior frequência.
Rondônia tem uma imensa área de fronteira e é humanamente impossível fazer a fiscalização desse território se não houver uma contrapartida maior do Governo Federal. As quadrilhas estão cada vez mais organizadas e preparadas para ampliar o “serviço” de conexão da droga em áreas de fronteiras.
As últimas operações deflagradas no combate aos crimes praticados na Petrobras mobilizaram centenas de policiais federais nos estados de São Paulo, Paraná e Brasília. Por conta desse trabalho, algumas operações na região Norte acabaram sendo inviabilizadas e diversos funcionários federais tiveram de ser remanejados e dar suporte a outras operações no eixo São-Paulo/Paraná. Mesmo com essa deficiência de orçamento e pessoal, a Segurança Pública conseguiu barrar os planos das organizações criminosas.
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