17 de maio de 2016
Plantar a floresta e ganhar dinheiro
Em tempos de crise na economia, Rondônia dá sinais de exemplos e oportunidades. O governador Confúcio Moura (PMDB) sancionou na semana passada decreto regulamentando o cultivo de florestas para a exploração comercial. O ato aconteceu no município de Vilhena, um dos municípios onde predomina a produção de grãos no Sul do Estado.
A medida, de acordo com a proposta inicial do governo, tem o objetivo de fortalecer os processos produtivos e integração lavoura-pecuária-florestas (ILPF) ou sistemas florestais, incluindo principalmente os pequenos produtores no ciclo produtivo e de preservação do meio ambiente.
A nova política, além de assegurar o ciclo de desenvolvimento a partir da conservação de florestas nativas e de espécies de plantio, permite ao governo Estadual atuar na legalização e o fomento de novos plantios de florestas. Em Vilhena, existe uma grande produção de eucalipto que serve de modelo para empresários interessados na produção de floresta. Em Porto Velho também existe outra área ampla de eucalipto e que já começa a produzir bons resultados.
Aprovada semana passada pela Assembleia Legislativa, a proposta isenta da obrigatoriedade da reposição florestal os empreendedores ou agricultores que utilizarem matéria-prima de floresta plantada. O Plano de Suprimento Sustentável (PSS) de empresas cujas atividades dependam do consumo de grandes quantidades de madeira bruta, carvão vegetal ou produto lenhoso priorizará a utilização exclusiva de produtos derivados de floresta plantada.
Nos últimos dias, os governos estão cada vez mais preocupados com a floresta. Recentemente, o Governo Federal decidiu regulamentar, através de decreto 8.597/2015, a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia.
Batizado de Zona Franca Verde, o decreto proporciona incentivos fiscais para indústrias de beneficiamento dos recursos ambientais e matéria-prima regionais de origem florestal, pesqueira, agropecuária e mineral. A lista inclui frutos, sementes, animais, madeiras, entre outros. Nesse caso, ainda falta estabelecer alguns critérios e quem vai definir será a Suframa.
São medidas como essa que podem abrir novos postos de trabalho no Estado e ocupar uma mão de obra existente no mercado, sem prejudicar o meio ambiente. Hoje, Rondônia exporta madeira de primeira qualidade para vários países. A maior demanda é para o Japão, mas ainda existe um mercado amplo que precisa ser abastecido.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário