A operação deflagrada pela Polícia Civil com a finalidade de investigar um forte esquema de desvio e adulteração de combustível em Porto Velho, além de trazer prejuízos aos cofres públicos penaliza diretamente o consumidor que paga pelo produto adulterado. Aliás, o consumidor paga duas vezes: o primeiro pagamento é para adquirir o produto fora dos padrões da Agência Nacional dos Transportes (ANP); o segundo é feito depois à oficina mecânica pelo reparo do motor do veículo contemplado com a gasolina adulterada.
O trabalho da polícia no combate a esse tipo de crime é importante para a sociedade, principalmente nesse momento econômico que o Brasil enfrenta. Como se já não fosse suficiente os escândalos de desvios de milhões do caixa da Petrobras.
O trabalho conduzido pela polícia precisa continuar e deve receber o apoio de outros setores. Na década de 90, a Assembleia Legislativa chegou a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a proposta de investigar indícios de irregularidades nos postos de combustíveis.
Porto Velho é uma das cidades da região Norte com o maior número de postos de gasolina. Trata-se de uma atividade que gera lucro significante e aquece a economia do Estado. O comércio de combustível é uma atividade necessária de sofrer fiscalização da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Neste mês, a ANP promoveu ações de capacitação para quatro órgãos estaduais e municipais com os quais possui acordos de cooperação técnica. Os treinamentos têm como foco as boas práticas fiscalizatórias e permitem ampliar o alcance da fiscalização do mercado de combustíveis.
Motoristas que atuam no transporte de petróleo se tornam alvo fácil dos aliciadores no compartilhamento do ato criminoso. Acabam recebendo promessa de lucro fácil com a adulteração de combustível. Em alguns casos, os donos de postos de combustível, que também pagam funcionários e impostos, não têm conhecimento da atuação dessa organização criminosa.
O esquema, conforme apurou as primeiras investigações do serviço de inteligência da Polícia Civil, revelou o esquema de receptação e adulteração de combustível em uma propriedade localizada no bairro Nacional, zona Norte de Porto Velho. O Estado, mais vez, mostra que está de olhos atentos a esse tipo de crime. Foi graças a uma ligação anômica pelo disque denúncia 197 que foi possível chegar aos criminosos. O consumidor precisa continuar fazendo sua parte.
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