Os senadores da base de oposição da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), optaram na sessão da última segunda-feira em aproveitar boa parte do tempo reservado às perguntas para criticar a gestão e os atos praticados pela petista durante o seu mandato. Falaram, na presença de Dilma, do avanço do desemprego no Brasil, questionaram sobre as pedaladas fiscais e, por muitas das vezes, deixaram de fazer perguntas.
Já os senadores da base d
a presidente afastada aproveitaram o tempo de cinco minutos para dizer ao Brasil, através da TV Senado, que Dilma estava sendo vítima de um verdadeiro golpe democrático. Justificaram que a petista não cometeu crime de responsabilidade. Por outro lado, apenas um senador decidiu antecipar o voto.
Foi preciso o presidente do Senado, Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir o julgamento, advertir aos parlamentares que eles são juízes, e não acusadores. Com base nessa premissa, Lewandowski acreditaria que não haveria injúrias ou ofensas de qualquer uma das partes durante esta fase de interrogatório. Grande engano. O que o Brasil testemunhou na última segunda-feira foi senadores defendendo e acusando Dilma dos atos praticados e que culminaram com o seu afastamento temporário.
A Constituição Federal é bem clara em seu artigo 52. É competência privativa do Senado Federal processar e julgar o presidente da República e vice-presidente nos crimes de responsabilidade. O que ocorreu ontem por parte de alguns senadores foi justamente o contrário. O senador Magno Malta ((PR-ES) questionou se Dilma mentiu na campanha. Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) classificou o processo de impeachment de “farsa jurídica” e “violência política”. Afirmou que Dilma foi vítima de conspiração.
Na manhã de ontem, os advogados de defesa e acusação apresentaram os últimos argumentos antes da votação do processo contra a petista. Do outro lado da telinha, se espera, a partir de hoje, uma mudança no destino do Brasil. Seja qual for o resultado decidido pelo Senado Federal, o importante foi o desejo de mudança da população por não concordar com o destino do Brasil.
O País precisa retomar o crescimento, independente do resultado do processo de impeachment. De maio a julho, a pesquisa estima que havia 11,8 milhões de pessoas desocupadas - o maior número desde o início da série, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O que o Brasil quer nesse momento é mostrar sua força e mudar, com urgência, o rumo da economia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário