A situação da malha viária de rodovias de responsabilidade do Governo Federal em Rondônia apresentou melhorias em relação ao ano passado, conforme apurou o Diário. Um relatório divulgado no início desta semana pela Confederação Nacional do Transportes (CNT), entidade que fiscaliza as condições das estradas no País, mostra que as rodovias receberam investimentos do Governo Federal nos últimos anos.
O estudo da CNT é realizado todos os anos e desde 2015 vem sendo monitorado pelo Diário. Segundo o relatório, 595 quilômetros de rodovias federais do estado de Rondônia receberam a classificação Bom. 987 quilômetros de rodovias estão em situação Regular e 184 quilômetros em condições Ruim. Em 2016, eram 284 quilômetros em situação Ruim.
Mas o leitor deve estar questionando nesse momento o motivo elevado de acidentes nas rodovias federais, principalmente na BR-364, principal rodovia que corta o estado de Rondônia. A resposta pode estar nas ocorrências da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nos últimos meses se percebeu um crescimento da quantidade de acidentes envolvendo carretas. E a maioria das batidas são frontais, ou seja, os motoristas se arriscam com ultrapassagens frontais e colocam em risco a vida de outras pessoas.
O fluxo intenso de carretas transitando pela BR-364, com destino ao Porto Graneleiro de Porto Velho, é intenso. Diariamente são mais de 500 carretas que transitam pela BR-364. O fluxo cresce justamente no período da colheita de grãos.
Rondônia, conforme as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deve fechar o ano com uma colheita superior a 2 milhões de toneladas. Conforme o 1º Levantamento da Safra de Grãos, a área destinada ao plantio de grãos em Rondônia pode chegar a 573,6 mil hectares. É sinal que teremos um número maior de caminhões transitando pela BR-364 rumo ao terminal portuário de Porto Velho.
O grande problema em Rondônia repousa na falta de investimentos na BR-364, principalmente na questão da sinalização e a necessidade da construção de nova pista em trechos considerados críticos. A BR, ao ser inaugurada no final da década de 70, nunca recebeu investimentos volumosos. Na época, Rondônia deveria registrar cerca de 400 mil habitantes. Hoje já são mais de 1,7 milhão de moradores e o fluxo de carros praticamente de triplicou na rodovia, bem como a quantidade de carretas fazendo o transporte de grãos. A quantidade de municípios também aumentou.
No início do ano, surgiu a proposta de privatização da BR-364, no trecho entre Comodoro (MT) até a cidade de Porto Velho. Ninguém se interessou em assumir essa responsabilidade devido o alto investimento na duplicação. Enquanto isso, vidas são ceifadas na estrada que ficou conhecida como “rodovia da morte”.
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