Os estados do Acre e Rondônia garantiram no domingo, dia 28, o maior índice de votação proporcional ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na eleição de segundo turno. Trata-se dos maiores índices das regiões Norte, Nordeste e Suldeste. Nem o Rio de Janeiro, base política do capitão da reserva, conseguiu atingir o percentual de votos obtidos nos dois Estados do Norte.
É importante o leitor recordar que no Acre, o PT sempre dominou o processo eleitoral. Lá existiu uma alternância de poder familiar que imperou por um longo tempo através da eleição e reeleição do ex-governador Jorge Viana e do atual governador Tião Viana. Os dois estão no poder há quase 16 anos.
Foi em Rio Branco, capital do Acre, que as críticas contra o candidato Jair Bolsonaro se intensificaram nas redes sociais. Após sair de Rondônia com destino ao Acre, o candidato fez um pequeno comício em Rio Branco e usou um tripé como fuzil. O gesto do presidente eleito causou repercussão, mas essa fase já foi superada. Bolsonaro obteve domingo mais de 288 mil votos, cerca de 77% dos votos válidos contra 85 mil do candidato petista Fernando Haddad, que registrou apenas 22% dos votos.
Em Rondônia, PSDB e PT sempre saíram vitoriosos das urnas, mas na eleição deste ano as duas legendas sofreram um grande desgaste. O candidato Geraldo Alckmin saiu derrotado nas urnas e ficou em 4º lugar na eleição de primeiro turno. Na eleição de segundo turno Fernando Haddad (PT) recebeu pouco mais de 22% dos votos válidos.
É bem provável que esta semana o presidente eleito Jair Bolsonaro receba em Brasília os governadores eleitos Marcos Rocha (PSL) e Gladson Cameli (PP). Bolsonaro assume a presidência com uma responsabilidade muito grande com a população dos dois Estados, cujos problemas são bem semelhantes.
Rondônia e Acre são estados que dependem da BR-364 para escoar a produção agrícola. Os dois Estados estão bem localizados estrategicamente e dependem da rodovia federal para impulsionar a economia. O presidente eleito é conhecedor das demandas dos dois Estados e terá de olhar politicamente para estas unidades da Federação com uma visão bem diferenciada com relação as demais demandas das outras regiões do País.
Outra semelhança de problemas é com relação à segurança pública. Os dois Estados estão localizados em região de fronteira com a Bolívia. Os dois Estados são rotas do crime organizado e precisam proteger as fronteiras. O tráfico de drogas e comércio ilegal de armas são desafios para a segurança pública e precisam estar na lista de urgências do capitão.
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