A tentativa de incendiar uma frota de veículos do Ibama, no município de Buritis, no último final de semana, precisa de uma resposta urgente do Estado. Dois suspeitos foram presos por policiais no momento do ato criminoso e o caso está sendo investigado. Apenas três veículos, dos dez que estavam estacionados em frente a um hotel da cidade, foram danificados pelos suspeitos, que utilizaram gasolina para o crime.
Buritis é uma região de conflitos e sempre trouxe sérios problemas para a fiscalização do Ibama. Nos últimos dias, a região foi alvo de várias ações de combate a crimes ambientais envolvendo madeireiros que atuam na extração ilegal de madeira.
A cidade sempre ocupou as manchetes de jornais em Rondônia. A região já foi destaque no ranking das estatísticas da Polícia Civil como uma das mais violentas do Vale do Jamari, justamente por conta de conflitos agrários e disputa acirrada por terras. Bem próximo ao município, um policial da Força Nacional de Segurança foi vítima de uma tocaia planejada por um forte grupo de sem-terra.
A região é composta por reservas extrativista e muitos madeireiros costumam ingressar na floresta para retirar madeira. A maioria dos crimes acontece justamente no período da noite, quando não existe a presença do Estado e os fiscais e agentes do Ibama estão em repouso.
É comum, nas madrugadas, encontrar caminhões carregados de madeiras que foram retiradas de dentro das reservas. A extração ilegal de madeira é crime e nos últimos dias passou a ser coibida com maior frequência na região. É natural que essas atividades desenvolvidas pelo Ibama não agradem os inimigos do crime.
O caso requer uma atenção especial. No ano passado, políticos do município de Humaitá (AM) foram presos por incentivar e patrocinar garimpeiros no ato de vandalismo que culminou com a destruição de veículos do Ibama e prédios públicos na região.
A prisão de duas pessoas envolvidas no ato de vandalismo praticado em Buritis merece uma investigação profunda. É grande a possibilidade de outras pessoas estarem patrocinado atos de vandalismo. Uma nova linha de investigação deve ser tomada nos próximos e os verdadeiros culpados serão punidos pela Justiça.
O Estado precisa mostrar força nesse momento e intensificar os trabalhos na região. O transporte ilegal de madeira movimenta milhões e abastece o comércio ilegal. Rondônia também sofre prejuízos com a atuação de “criminosos” que atuam disfarçados de “madeireiros”.
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