9 de outubro de 2018

No segundo turno vale tudo em Rondônia

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) passou a ser bastante cobiçado em palanques de outros partidos na corrida ao segundo turno nos Estados. Na captura por votos de todas as classes, o coronel da reserva recebeu ontem em Rondônia apoio do candidato ao governo Expedito Júnior (PSDB). Ocorre que Bolsonaro tem candidato ao governo de Rondônia, o coronel Marcos Rocha (PSL), considerado um fenômeno nas urnas na reta final da eleição de segundo turno. 
 A queda da votação do PSDB em Rondônia, partido no qual sempre teve uma expressiva votação nas últimas eleições, pode ter sido uma justificativo do PSDB em apoio a Bolsonaro. Geraldo Alckmin, candidato derrotado do PSDB à Presidência, teve pífia votação na eleição de domingo.
Na eleição de 2014, o PSDB conseguiu  com a candidatura de Aécio Neves contabilizar em Rondônia 371.692, ou seja, 44% dos votos válidos, ultrapassando a petista Dilma Rousseff (PT), que recebeu naquela ocasião o apoio nas urnas de 345.167. Nas eleições de 2010, o candidato José Serra (PSDB) ganhou a corrida presidencial no Estado com 40% dos votos válidos do eleitorado rondoniense. Dilma Rousseff (PT) obteve a segunda maior votação com 40,73% dos votos válidos. 
Expedito Júnior, ao disputar a eleição em 2014 com o governador Confúcio Moura (MDB), obteve em Porto Velho 76.576 votos. Na eleição do último domingo, o número de votos despencou na capital  para 46.427.
Ainda na reta final na corrida a cadeiras no Senado em Rondônia, o senador Valdir Raupp (MDB), candidato à reeleição, declarou apoio de última hora ao presidenciável Jair Bolsonaro. O vídeo chegou a ser postado nas redes sociais e recebeu uma série de críticas de internautas. Candidata a uma vaga na Câmara, Hosana Capixaba (PTB), esposa do deputado federal Nilton Capixaba (PTB), também gravou vídeo na internet em apoio ao coronel. Os dois saíram derrotados das urnas no último domingo.
Para refrescar a memória do leitor, na corrida à prefeitura de Porto Velho, em 2004, o ex-prefeito Carlinhos Camurça (ex-PDT), decidiu apoiar Mauro Nazif (PSB), seu principal adversário político da época. Quem venceu naquela época a corrida ao Palácio Tancredo Neves, sede do Poder Executivo municipal, foi o ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT), impulsionado pelo efeito de Lula nas urnas. 
Mas na disputa por votos vale até alianças com outros partidos que estão na preferência do eleitorado. O único problema é que essa transferência de votos para candidatos com ideologias diferentes nem sempre é consolidada nas urnas. Ao que parece, o eleitor resolveu separar o joio do trigo. Pelo menos foi esse fenômeno que aconteceu na eleição de domingo.  

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