Uma equipe
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estará em Rondônia no período de 21 a 25
de maio com a finalidade de fazer um levantamento da situação atual dos
precários no Estado. O anúncio foi feito ontem pela corregedora nacional de
Justiça, ministra Eliana Calmon, durante audiência pública no auditório do
Tribunal de Justiça, em Porto Velho.
De acordo
levantamento preliminar feito pelo CNJ, em Rondônia existe algo em torno de R$
1 bilhão relativo a pagamento de precatórios na justiça comum. Os precatórios são formalizações de requisições de pagamento de determinada quantia,
superior a 60 salários mínimos por beneficiário, devida pela Fazenda Pública, em face de uma condenação judicial.
Trabalho semelhante aconteceu na semana em Natal, onde uma
equipe do CNJ esteve na região para realizar audiências de conciliação. “Esse
problema de pagamento de precatórios não é só de Rondônia. Acontece em
praticamente todos os tribunais”, disse a ministra.
Procuradora do Estado, Jane Maynhone afirmou que é
preciso unificar o discurso em torno desses pagamentos. “Queremos ouvir as
sugestões do Conselho para todo mundo falar a mesma língua com relação a esses
pagamentos. A Justiça comum trabalha de uma forma, enquanto a Justiça
trabalhista busca outro caminho. Precisamos unificar o discurso”, explicou.
Audiência pública – A ministra presidiu a audiência
pública ao lado do presidente do TJ, desembargador Roosevelt Queiroz e do
corregedor, desembargador Miguel Monico. “Essa audiência não se trata de caça
às bruxas. Queremos ouvir as críticas, reclamações e sugestões do cidadão”,
disse Eliana Calmon na abertura dos trabalhos.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Hélio Vieira, apresentou a necessidades da categoria. Disse que o horário de
funcionamento do TJ, (das 7 as 14 horas) é desumano com os próprios servidores,
advogados e quem procura a justiça. “Quem mora no interior, por exemplo, e
precisa se deslocar até a cidade para participar de uma audiência, enfrenta
problema de transporte”, justificou. Antes de iniciar a audiência, a ministra já havia
recebido 100 reclamações sobre a justiça rondoniense.
Autor: Marcelo Freire/Diário da Amazônia
Fotos: Roni Carvalho
Autor: Marcelo Freire/Diário da Amazônia
Fotos: Roni Carvalho
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