O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) promete uma grande festa no próximo dia 28 deste mês para homologar a pré-candidatura a prefeito do servidor público João Bosco, o popular Bosco da Federal. O evento reunirá toda a militância da legenda e servirá para mostrar a força trabalhista. “Queremos mostrar para a sociedade que o PTB de Porto Velho está organizado, tem bons nomes e terá candidatura própria nas eleições para prefeito”, adiantou Bosco em rápida visita a redação do Diário.
Natural do Rio Grande do Norte, Bosco da Federal chegou em Rondônia na década de 80. Nas eleições de 2006, disputou sua primeira eleição. Concorreu a uma vaga na Câmara Federal. Já ocupou cargos púbicos e foi secretário de Estado de Justiça, no período de 2010 a 2011. Foi suplente de vereador e assumiu o cargo após o pedido de afastamento temporário do vereador Jaime Gazola (PV). Na Câmara, ocupou a função de presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Leia a entrevista:
Diário: PT e PMDB já definiram que terão candidaturas a prefeito. O que motivou o PTB municipal entrar nessa disputa?
Bosco: O partido entende que hoje é o momento. Em recente reunião com a militância, o deputado federal Nilton Capixaba, presidente do partido, colocou a responsabilidade da Executiva Municipal. Meu nome é unanimidade dentro da sigla. Estamos pronto pra ir à luta e o município clama por mudanças.
Diário: O PT definiu o nome da ex-senadora Fátima Cleide em prévia. O PTB já conversou com o PT após a definição?
Bosco: Temos procurado conversar com todos os partidos. Estamos sempre aberto ao diálogo e essa abertura é um processo natural. A ex-senadora já teve uma conversa com o nosso grupo, mas ainda não tem nada fechado. No entanto, acho que o PT deve fechar com o PDT. Por outro lado, falta definir ainda o candidato do PMDB. Estamos aguardando esses últimos ajustes. Temos conversado também com o PSDC, PP, PTN e PSC. Pesquisas estão sendo encomendadas.
Diário - Qual avaliação que o senhor faz da administração?
Bosco: Porto Velho passa por um momento econômico muito importante, decorrente da construção das usinas do rio Madeira. Muitas empresas acreditam no Estado e investem na capital. O poder público não está acompanhamento esse crescimento. Ainda falta planejamento em setores cruciais como saúde, educação, segurança e trânsito. Porto Velho deverá receber algo em torno de R$ 200 milhões somente em compensações das usinas. O município precisa de um planejamento técnico e se preparar para o pós-usina. Se isso não for feito, a tendência é o crescimento dos problemas.
Diário – O que você procurou fazer no período em que ocupou a função de vereador?
Bosco: Procuramos fiscalizar a execução das obras da prefeitura e saber as necessidades da população. Muito ainda preciso ser feito para melhorar a vida da população. Ao longo do nosso trabalho, percebemos que o município tem uma estrutura de informática excelente no campo da educação, mas se apresentar problemas em um computador, os professores têm de tirar dinheiro do próprio bolso para arrumar.
Diário – O senhor deixou o PV se filiou ao PTB. Qual o motivo?
Bosco: Fui praticamente expulso do PV por motivo de pressão. Quando assumi a vaga de Jaime Gazola (vereador), ele fez algumas imposições e não aceitei. Ele queria que eu assumisse o gabinete com 27 assessores nomeado por ele. Alguns deles não trabalhavam e por isso resolvi exonerá-los. Esse fato foi denunciado ao Ministério Público.
Diário – Ao longo do seu trabalho na Polícia Federal, o que fez por Porto Velho?
Bosco: Ocupei vários cargos na Polícia Federal. Sou agente especial da classe federal e bacharel em direito. Na PF exerci a função de chefe do setor regional administrativo, de inteligência, chefe de gabinete do superintendente. Dentro do trabalho da Justiça, o que mais deixou satisfeito foi deixar todo o projeto para construção de novos presídios em Porto Velho. Criamos o Conselho Penitenciário Criminal, onde fui eleito presidente. Sempre participamos ativamente dos trabalhos nos conselhos de prevenção as droga, da criança e adolescente. Constatei que precisamos fortalecer os conselhos e hoje falta comunicação do poder público com os conselhos.
Autor: Marcelo Freire/Diário da Amazônia
Fotos: Roni Carvalho/Diário da Amazônia
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