29 de dezembro de 2015

As previsões climáticas

O ano de 2015 está sendo marcado, novamente, pelas mudanças climáticas. Enchentes no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Seca no Nordeste e queimadas no Amazonas. Imagens consolidadas de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram no mês de outubro deste ano aumento dos incêndios florestais em boa parte dos Estados, especialmente os das regiões Sul, Nordeste e Norte, onde a alta chegou a 138% no primeiro semestre.
No ano histórico do acordo climático firmado pelo Brasil na França, o País enfrentou outra baixa com o rompimento da barragem do Fundão em Mariana (MG). O acidente, ocorrido em 5 de novembro, deixou 17 pessoas mortas e causou um rastro de destruição nos rios da região, matando peixes e comprometendo a água do mar. Estados realizaram uma campanha de arrecadação de alimentos e, principalmente, água tratada para atender à população.
Não se pode esquecer da pior seca enfrentada pelos paulistas em 2014, quando o Sistema Cantareira atingiu uma baixa e deixou São Paulo em estado de alerta. Mais de 15 milhões de pessoas espalhadas nos 69 municípios tiveram de mudar a rotina e passaram a economizar água. Mais afetadas, indústrias tiveram de reduzir a mão de obra por conta do pouco volume de água no reservatório Cantareira.
Municípios de Rondônia decretaram em 2014 estado de calamidade pública em função das cheias nos rios da região. As cidades mais afetadas foram Rolim de Moura, na zona da Mata, Ji-Paraná, Cacoal, São Miguel, Costa Marques e Porto Velho, onde o rio Madeira atingiu sua cota máxima 19,56 metros, desabrigando mais de duas mil pessoas.
O homem pode ser o principal responsável por essas mudanças climáticas e precisa repensar seus atos para o futuro. A abertura de estradas na região do Mato Grosso, construção das usinas de Belo Monte, no Pará, trarão consequências para o clima em toda a região. Não basta somente o Brasil fazer sua parte. É necessário que cada país se comprometa com o acordo climático firmado este ano em Paris. Essa ação deve começar primeiramente pelos países mais poluidores.

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