Se a situação não anda bem na economia brasileira, a tendência é ficar mais complicada no próximo ano, após o período dos festejos de carnaval. Mesmo em clima de turbulência constante no entorno do Congresso Nacional, renova a possibilidade dos congressistas aprovarem o retorno do Imposto da CPMF, o chamado do imposto do cheque.
O teste de fogo aconteceu na terça-feira na Comissão de Orçamento, do Senado Federal, quando, a maioria dos senadores decidiu manter a CPMF no relatório de receitas do Governo Federal para o próximo ano. O senador Acir Gurgacz (PDT) foi contrário ao retorno do imposto, mas foi voto vencido pela maioria.
A medida é bem vista pela equipe econômica do Governo Federal como forma de gerar mais orçamento aos cofres públicos e equilibrar as finanças da União, hoje com um déficit de mais de R$ 25 bilhões.
A preocupação do governo de equilibrar as contas tem um bom motivo. O Tribunal de Contas da União (TCU) acompanha mais de perto a vida financeira do Brasil. Ainda está na memória do leitor as chamadas pedaladas fiscais que teriam sito praticadas no atual governo. Ocorre que o governo tem se esforçado para garantir um orçamento mais enxuto, inclusive com a redução do número de ministérios, cortes em diárias e viagens internacionais.
A Confederação Nacional da Indústria divulgou esta semana a Sondagem Industrial, feita junto com as médias e grandes indústrias do País. O estudo aponta que a cada três meses os problemas que as empresas enfrentam no dia a dia dos negócios mudam de acordo com a situação da economia.
O estudo revela ainda que o peso dos impostos sempre ocupa o primeiro lugar da lista elaborada pela Confederação. No terceiro trimestre de 2015, o problema foi mencionado por nada menos que 44,9% dos empresários. A carga tributária continua sendo a grande vilã dos empresários. Equivale a quase 36% do Produto Interno Bruto (PIB). Em resumo: mais de um terço de tudo o que País produz vai para os cofres do governo.
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