15 de dezembro de 2015

Os desafios no novo mundo do trabalho


Em tempos de crise forte na economia e na política brasileira, o País recebe com certa cautela a notícia sobre a melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O documento mostra que nos últimos 25 anos, 2 bilhões de pessoas saíram de uma situação de baixo desenvolvimento humano. Por outro lado, o relatório revela mudança intensa no ritmo de trabalho das pessoas e o avanço relâmpago da tecnologia.
O estudo merece uma análise profunda dos gestores públicos e deve fazer parte das agendas diárias de governos. O IDH passou de 0,752 em 2013 para 0,755 em 2014. No ano passado, o Brasil ficou em 0,441 em 2013, o que colocou o País na 85ª posição num ranking de 149 países. O relatório divulgado ontem também aborda as principais funções que o trabalho pode desempenhar na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Esse bom desempenho  pode ser atribuído às políticas públicas implementadas pelos governos. No ano passado, a economia estava em condição favorável, apesar de um ano eleitoral bastante turbulento e o clima de incerteza política nacional. O governo conseguiu atingir as metas traçadas em 2014 nas áreas de saúde, segurança e principalmente moradia. Esses investimentos influenciam indiretamente
Apesar da boa notícia, não se pode deixar de registrar que o  Brasil caiu uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano e passa a ocupar o 75º lugar entre 188 países. O momento agora requer muita cautela dos governantes e principalmente de análise dos números para criar novas oportunidades na vida dos trabalhadores.
Com a 75ª posição, o Brasil fica atrás de países latino-americanos como a Argentina (40ª), o Chile (42ª), Uruguai (52ª), Cuba (67ª) e a Venezuela (71ª). O primeiro lugar no ranking mundial é da Noruega, seguido pela Austrália e a Suíça. Sem dúvida, no próximo ano, a tendência é o País continuar em queda por conta da atual instabilidade na economia e o fato de o Brasil amargar os piores índices de desemprego nos últimos dez anos. Talvez seja por isso que setores de estatísticas do governo deixaram de divulgar os números reais do desemprego, como acontecia todos os meses.

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