O fato do presidente interino Michel Temer (PMDB) nomear ministros com fortes suspeitas de fazerem parte de um esquema de recebimento de propina através da Petrobras pode ter influenciado negativamente no elevado índice de reprovação do primeiro mês do peemedebista no comando do Palácio do Planalto.
Pelo menos é o que revela a pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). De acordo com a sondagem, a avaliação do governo do presidente interino Michel Temer é negativa para 28,0% e positiva para 11,3%. Para 30,2%, a avaliação é regular e 30,5% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 33,8% contra 40,4% de desaprovação. E 25,8% não souberam opinar.
Para os entrevistados, a avaliação do governo Michel Temer em comparação ao de Dilma Rousseff (PT), segue igual, uma vez que não se percebeu nenhuma mudança após o peemedebista assumir e fazer os primeiros ajustes na equipe econômica. Esse percentual, de acordo com a sondagem, é de 54,8%.
A tendência da avaliação do governo Temer é piorar nos próximos dias, após a sequência de escândalos que vieram após a nomeação da primeira equipe de governo. O primeiro desgaste do governo foi a indicação do ministro Romero Jucá para o Ministério do Planejamento. Jucá foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre as articulações políticas para abafar a operação Lava Jato no governo Temer.
A demissão de Fabiano Silveira, que apareceu em um grampo telefônico criticando a operação “Lava Jato”, foi a segunda baixa do governo Michel Temer em menos de 20 dias e trouxe mais desgaste ao governo interino. Para piorar ainda a situação do governo do PMDB, a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
Ao que parece, a população não sabe qual o critério que Michel Temer está utilizando para nomear ministros de Estado. Será que no Brasil não existe mais ficha limpa?
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