O município de Vilhena, no Sul de Rondônia, está na 48ª posição no ranking da Transparência divulgado esta semana pelo Ministério Público Federal (MPF). Um dia após a divulgação, gestores públicos e ex-assessores do município foram presos na última sexta-feira pela Polícia Civil acusados de desvio de recursos públicos em um esquema de corrupção que teria desviado algo em torno de R$ 2,4 milhões.
É a terceira vez que o município aparece na mídia de forma negativa, em curto espaço de tempo, complicando ainda mais a situação da gestão municipal. As notícias sobre corrupção complicam o andamento da máquina administrativa e engessam o poder público. Quando existe forte indício de corrupção em município, a gestão pública fica travada. Os gestores públicos passam o dia na Justiça se explicando dos indícios de irregularidades e a população fica sem atenção merecida.
Hoje, por conta da operação Lava Jato e que culminou com as prisões de vários integrantes do PT, o Brasil parou, complicando a situação da economia brasileira. No município não é diferente. Muitos empresários que têm pretensões de investimentos na cidade acabam se afastando da gestão pública e vão procurar outras cidades para investir.
Vilhena é município promissor e já ocupou a terceira posição na arrecadação de impostos aos cofres do Estado. Também é uma cidade que recebeu o maior volume de recursos da União e do governo do Estado. O prefeito Zé Rover precisar ir à imprensa e justificar à população que não compartilha com esquemas de corrupção no parlamentar. O silêncio de Rover pode gerar desconfiança da população e só complica sua carreira política.
Considerado um dos maiores produtores de soja, a região de Vilhena tem importância na economia do Estado e poder público tem uma responsabilidade enorme proporcionar melhoria e qualidade de vida à população.
Agora, a Polícia Civil terá uma responsabilidade muito grande em concluir as investigações e finalizar o mais rápido possível o processo que investiga indícios de irregularidades na Semop, Semcom e a empresa Elotech.
Segundo o delegado, na Semosp existem diversas obras com valores significativos realizadas sem licitação; já na Semcom, tramitam indícios fortes de fraude; quanto ao terceiro núcleo, o que gira em torno da empresa Elotech, que presta serviços de informática à prefeitura e ao Saae, existem fortes indícios de que a sua contratação foi feita por meio de uma licitação direcionada.
A população de Vilhena não aguenta mais falar em corrupção e espera por dias melhores. Quando existem corrupção no poder público, todos perdem. Inclusive os gestores.
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