2 de junho de 2016

Os ministros de Michel Temer

A queda em menos de 20 dias de dois ministros do presidente interino Michel Temer (PMDB) distancia cada vez mais o sonho da população brasileira de mudança na política econômica do Brasil.
O primeiro ministro a tombar repentinamente na gestão Temer foi o senador Romero Jucá (Planejamento), investigado na operação federal “Lava Jato”. Jucá foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre as articulações políticas  para abafar a operação Lava Jato no governo Temer.
Na noite de terça-feira, Torquato Jardim, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),  teve o nome confirmado para o cargo de ministro da Transparência, Fiscalização e Controle. Jardim assumiu após a demissão de Fabiano Silveira, que apareceu em um grampo telefônico criticando a operação “Lava Jato”.
A queda dos ministros é um fato inédito na história da República. A população ainda está com forte temor de novas baixas no governo Michel Temer por conta das gravações divulgadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Não se sabe quem será o próximo a aparecer nas gravações. A única certeza nesse exato momento é o cenário de um Brasil parado, sem projeções de melhorias na economia e muito por fazer no sentido de mudar para melhor o destino do País. A única certeza é o crescente desemprego e o Produto Interno Brasileiro (PIB) recuando.
O poder de confiança do brasileiro fica tento principalmente nos finais de semana, quando circulam revistas nacionais com um novo capítulo da operação Lava Jato. Não há investidor que suporte tanta insegurança do Brasil. Muitos acabam desistindo de investir no País por conta dos escândalos que não parecem ter fim.
Na Câmara Federal, assessores ligados ao presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB), continuam impedindo o peemedebista de ser punido pelo Conselho de Ética.
Os acordos de delações premiadas feitos por empresários presos na operação “Lava Jato” deixam cada vez mais o mercado financeiro tenso e sem perspectivas de melhorias.  A possibilidade de novas eleições talvez seja uma das alternativas para reconstruir o Brasil do zero. 

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