Em tempos de forte crise na economia brasileira, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de sexta-feira vários projetos autorizando novas despesas no caixa do Governo Federal. Também foi aprovado reajuste para os servidores do Poder Judiciário, o que gerou desconfiança do bloco de oposição ao presidente Michel Temer (PMDB).
O primeiro projeto autorizado pelos deputados nas primeiras horas da madrugada de sexta-feira foi o que trata da criação de 14.419 cargos federais - quase quatro vezes os 4 mil postos comissionados que o presidente interino Michel Temer prometeu ceifar neste ano. A autorização passou batida até por deputados que fazem parte da oposição.
Essa proposta de reajuste estava no projeto de lei que concedeu aumento a servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), aprovado em meio aos reajustes salariais que trarão impacto de R$ 58 bilhões às contas públicas. Além de passar pelo Senado, será necessário realizar concursos para preencher os postos.
De fato, alguns órgãos públicos apresentam uma grande deficiência de servidores. Muitos servidores estão se aposentando e neste momento o governo não tem orçamento para abrir concurso público. Muitos concursos que estavam em andamento tiveram de ser interrompidos.
Por outro lado, os sindicatos já estavam trabalhando com o Palácio do Planalto na proposta de reajuste para este ano. Ocorre que muitos brasileiros não esperavam que a crise econômica fosse encontrar o Brasil em curto espaço de tempo.
O que se percebe, nesse momento, é um governo interino atrapalhado que ainda não conseguiu se encontrar. Para complicar ainda mais a situação do cenário econômico, muitos ministros nomeados por Temer são acusados de irregularidades e aparecem em gravações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. Com a uma equipe econômica composta por ministros suspeitos de esquema, não há como animar o mercado econômico diante de tantos escândalos em menos de 30 dias do governo interino Michel Temer.
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