8 de junho de 2016

Rondônia: a fiscalização na fronteira precisa ser contínua

Divulgado na última segunda-feira pela Secretaria de Estado, Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), os números da Operação Integrada realizada no último final de semana na fronteira de Rondônia com o Acre e a Bolívia, são considerados alarmantes e revelam a dimensão da importância da fiscalização contínua nos municípios que estão em área de fronteira com o país boliviano.
A ação policial ocorreu também em rios da região quando foram fiscalizadas mais de 40 embarcações. Durante esse trabalho, os funcionários abordaram 1.558 pessoas e apreenderam 20 quilos de mercúrio, cinco armas de fogo e 65 munições. Veículos também foram recuperados três veículos - inclusive um caminhão. E todo esse trabalho é resultado de uma operação que durou quase 48 horas e ocorreu de forma simultânea.
De fato a região é imensa e manter uma fiscalização contínua nessas áreas de fronteira é necessária. Sem dúvida, boa parte da droga e armamento pesado que entram diariamente em território brasileiro tem como origem o país boliviano. Geralmente, esse tipo de tráfico ocorre no período da madrugada quando o número de policiais na região é pequeno. As BRs-364 e 429, são as preferidas dos inimigos da lei.
Executar operações em área de fronteira requer um planejamento estratégico e utilização de toda a tecnologia fornecida pelo Estado e União para combater os inimigos da Justiça. Além do tráfico de droga e de armamento moderno, a fronteira serve como saída e entrada principal para a prática da biopirataria. Esse tipo de ação criminosa gera prejuízos pesados de mais de R$ 2 bilhões aos cofres da União, conforme apontou um estudo realizado pelo Tribunal de Contas da União na região de Manaus (AM).
O governo paga um preço muito alto por conta da entrada de drogas pela fronteira de Rondônia, armamento e contrabando de animais e peixes. A conta orçamentária nunca vai fechar no final do ano e sempre o Brasil estará no prejuízo em função da organização criminosa. A ação desenvolvida pela Sesdec, com o apoio de vários órgãos de fiscalização, é uma resposta à ação criminosa, mas precisa ocorrer com maior frequência e em curto intervalo de tempo.

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