O Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes, reincorporou mais de 110 quilômetros de rodovias de Rondônia à malha rodoviária federal. A lista dos trechos incorporados foi publicada na edição da última terça-feira do Diário Oficial da União e traz trechos localizados nos municípios de Ariquemes, Campo Novo de Rondônia e Monte Negro, na região da BR-421.
Até aí tudo bem. É menos responsabilidade para o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), mas o problema é que o Governo Federal não está dedicando atenção especial para a malha rodoviária em território rondoniense. Um exemplo é a falta de condições de trafegabilidade no trecho que hoje é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). O órgão federal luta por migalhas para garantir pelo menos a operação tapa-buracos em trechos comprometidos com o excesso de chuva.
Nos últimos anos não tem sido fácil para o Dnit manter os serviços necessários no trecho de mais de 1000 quilômetros da BR-364, principal rodovia federal de acesso aos Estados do Sul do Brasil. Os cortes anunciados no início do mês passado pelo Ministério do Planejamento acabaram comprometendo todo o cronograma do Dnit para este ano. O dinheiro disponibilizado pelo Ministério dos Transportes para Rondônia não foi o suficiente para atender às principais demandas das rodovias de Rondônia e Acre.
Reincorporar novos trechos à malha rodoviária federal não vai amenizar o sofrimento de quem utiliza diariamente as rodovias federais. O que o Estado necessita nesse momento é ampliar os investimentos de recursos na sinalização das estradas e, no mínimo, a duplicação em trechos considerados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como os mais críticos. A privatização hoje é dita como a única alternativa para amenizar o sofrimento da população e dos caminhoneiros.
As rodovias federais em Rondônia continuam tirando a vida de milhares de pessoas e complicando também a logística do Brasil. Rondônia se transformou em corredor importante na exportação de produtos e necessita de uma atenção diferenciada do Governo Federal. Somente no ano passado, foram mais de 100 pessoas que perderam a vida na BR-364 e os acidentes continuam acontecendo com frequência.
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