6 de outubro de 2016

A avaliação do governo Michel Temer

Se os números estiverem corretos, a segunda pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI-Ibope) da avaliação o governo do presidente Michel Temer (PMDB) não apresenta muitas diferenças com relação à primeira. Se constatou no estudo que a indecisão, refletida no percentual de “não sabe / não respondeu”, continua alta e a avaliação da população praticamente não muda com relação à pesquisa de junho de 2016, com a exceção da comparação com o governo Dilma Rousseff (PT).
A popularidade do presidente Michel Temer se mantém baixa, ainda que superior à da presidente Dilma Rousseff (PT) em março de 2016. O percentual da população que avalia o governo como ótimo ou bom oscila dentro da margem de erro de 13% para 14%, enquanto o percentual que o avalia como ruim ou péssimo manteve-se em 39%.
Conforme demonstrou o indicativo, os percentuais dos que aprovam e desaprovam a maneira do presidente Michel Temer governar também oscilaram dentro da margem de erro. A aprovação vai de 31% para 28% e a desaprovação vai de 53% para 55%. Movimento similar ocorreu nos percentuais dos brasileiros que confiam e não confiam no presidente: de 27% para 26% e de 66% para 68%, respectivamente.
A pesquisa não entrevistou pessoas que residem na região Norte e procurou concentrar o trabalho de campo apenas no Sul do Brasil, onde existe o maior número de indústrias. Foi possível constatar nessa região uma verdadeira  insatisfação com o governo do PMDB. Há quem afirme que essa insatisfação do eleitor com o destino do Brasil possa ter influenciado no resultado das eleições nas capitais no último domingo. Conforme apurou o Diário no dia da eleição, o PMDB largou na frente em apenas 4 capitais, enquanto o PSDB teve bom desempenho em 6 capitais, entre essas  cidades Belo Horizonte. Em São Paulo, o maior colégio eleitoral, os tucanos venceram no primeiro turno.
Em Rondônia, o PMDB lançou 28 candidaturas a prefeito, mas só conseguiu sair vitorioso em 13 municípios - a legenda já chegou a eleger 17 prefeitos. O PT entrou desgastado na eleição e saiu enfraquecido pelo fato de ter elegido apenas um prefeito (em Rondônia o partido chegou a administrar 7 cidades) e perdeu espaço nas câmaras de vereadores. Foi o pior desempenho obtido nas urnas após 12 anos no poder.
Se percebeu que os últimos escândalos de corrupção no Brasil permitiram o eleitor a analisar com maior cautela o partido político e as coligações que estão sendo construídas.

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