24 de outubro de 2016

O longo caminho para o crescimento

Anunciada durante a semana, a redução de apenas 0,25 ponto percentual na taxa Selic marca o início do ciclo de queda de juros que o País necessita para sair da recessão. A queda dos juros básicos da economia para 14% ao ano anunciada pelo Banco Central, reflete a desaceleração dos preços e as expectativas que a inflação alcançará o centro da meta de 4,5% em 2017.
A queda dos juros é essencial para a volta do crescimento da economia. A redução da taxa Selic diminuirá os custos do crédito para as empresas e as famílias, melhorando as condições financeiras e estimulando o consumo e os investimentos. No entanto, a indústria alerta que a recuperação sólida e vigorosa da economia depende da aprovação das medidas de ajuste fiscal, como a imposição de limites ao aumento do gasto público e a reforma da Previdência.
Ainda na semana passada, o anúncio na redução do preço da gasolina será como se fosse uma um pingo no oceano, mas já é o começo para a construção de uma nova política econômica no Brasil. O presidente Michel Temer (PMDB), apesar do Brasil ainda enfrentar uma onda de corrupção por conta da operação Lava Jato, tem buscando novas alternativas com a China e Japão.
No decorrer do ano, as grandes empresas buscaram equilibrar os gastos. Não contrataram e negociaram os débitos com os consumidores. A taxa de juros do cartão de crédito acelerou e permitiu os consumidores manterem equilíbrio nas despesas de casa. A redução no valor da tarifa de energia é outro fator importante que pode ajudar o setor industrial, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Os efeitos da crise econômica no Brasil atingiram diretamente Estados e municípios, que foram obrigados a parcelar débitos de tributos e impostos. O final do ano se aproxima e muitos gestores públicos vão fechar as contas no vermelho, preocupação essa que foi manifestada na última segunda-feira em Porto Velho pela Associação Rondoniense dos Municípios (Arom).
Conhecedor profundo do problema, o Tribunal de Contas entende que é preciso levar em consideração a queda nas receitas e o equilíbrio nas contas públicas do dinheiro arrecadado pelo Estado.

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