13 de outubro de 2016

A nova proposta de tempo integral nas escolas

O Ministério da Educação (MEC) publicou na edição de ontem do Diário Oficial da União a portaria que institui o programa de fomento e implementação do tempo integral no Ensino Médio das escolas públicas. 
 De acordo com o documento governamental, o Ministério da Educação prevê implantar o programa em até 572 escolas públicas. Serão 257.400 vagas a serem divididas entre os Estados e o Distrito Federal, de acordo com a população.
A criação do Programa de Fomento à implementação de Escolas em Tempo Integral foi anunciada pelo governo no dia 22 de setembro, quando foi assinada a Medida Provisória 746/2016, que reestrutura e flexibiliza o Ensino Médio no País. 
O estado de Rondônia já sinalizou participação ativa desse novo método de educação. Ainda não se sabe o número de escolas que passarão por esse processo de mudança, mas em alguns municípios o tempo integral já ocorre em escolas técnicas, a exemplo do Instituto Estadual de Educação Abaitará, localizado na região de Pimenta Bueno. A escola pode ser utilizada como exemplo e as medidas colocadas em práticas pelo governo do Estado revelam que o ensino no tempo integral deu certo na região Norte.
Recentemente o estado de Rondônia teve um bom desempenho na nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgada pelo MEC no mês passado. O Ensino Fundamental obteve em 2015 o melhor desempenho em Rondônia e recebeu a nota 5.4 (a meta estipulada pelo MEC foi 5.2).  Já o ensino do 8º/9º ano a nota foi 5.2, enquanto a 3ª série do Ensino Médio obteve o pior desempenho: 3,6.
Há muito por fazer no setor educacional. Rondônia tem forte vocação voltada para agricultura e investir na educação no campo significa pensar no futuro do Estado. 
Especialistas em educação questionaram o fato do Governo Federal não conseguir agilizar e proporcionar suporte financeiro suficiente para que esses alunos permaneçam maior tempo em sala de aula.
Há quem defenda a necessidade de melhorar o salário dos professores, a infraestrutura das unidade de educação e investimentos no transporte escolar.  Não será uma missão fácil, mas o Brasil necessita com urgência passar por essa mudança.

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