31 de outubro de 2016

A promessa da construção da ponte Brasil Bolívia

O anúncio da inclusão da ponte Brasil Bolívia na reserva orçamentária anual para o exercício de 2017 fez resgatar a esperança de dias melhores na economia do município de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, além de possibilitar novos acordos econômicos com os dois países.
A garantia da obra foi confirmada ao Diário durante essa semana pelo Ministério dos Transportes. Segundo a assessoria de projetos do órgão federal, a obra deve custar algo em torno de R$ 200 milhões. Como se trata de um acordo internacional, a ponte Brasil Bolívia terá aporte financeiro do governo boliviano.
Essa obra foi bastante discutida por autoridades locais durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passou pelo governo da ex-presidente petista Dilma Rousseff (PT) e agora está reservada para execução no orçamento do Michel Temer (PMDB). E lá se foram 12 anos.
Ocorre que a obra, nesse exato momento, é uma projeção no Orçamento e corre o risco de ser executada somente em 2018, caso a economia financeira do Brasil não apresente sinais de melhoria. Vai depender ainda da construção de um novo acordo comercial com o governo boliviano.

É bom o leitor ficar atento que em 2018 a população novamente estará de volta às urnas para eleger o próximo presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais. Muitos poderão aproveitar desse momento para ganhar votos em cima desse projeto.
A ponte Brasil Bolívia tem forte significado para a economia de Rondônia, além de fomentar o turismo na região de Guajará-Mirim, mas é necessário resgatar algumas medidas adotadas pelo Governo Federal que precisam ter sequência. Hoje a Pérola do Mamoré, como é conhecida a cidade de Guajará, vive com a esperança de dias melhores na economia após a assinatura do decreto da Zona Franca Verde. O decreto, assinado na gestão Dilma Rousseff, proporciona incentivos fiscais para indústrias de beneficiamento dos recursos ambientais e matéria-prima regionais de origem florestal, pesqueira, agropecuária e mineral. A lista inclui frutos, sementes, animais, madeiras, entre outros.
A participação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) na discussão na Zona Franca Verde tem ampla importância nesse momento, uma vez que depende desse órgão todo o procedimento na execução do projeto presidencial. Mesmo em vigor, o decreto não será o suficiente para impulsionar a economia do município. A região, por estar localizada em área estratégica, precisa de medias de amplo alcance econômico.

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