7 de outubro de 2016

Investir no turismo pode ser a saída para a crise

O estado de Rondônia participou na semana passada em São Paulo de uma das mais importantes feiras de turismo do Brasil. A 44ª  edição da ABV Expor Internacional atraiu milhares de pessoas e serviu para projetar Rondônia no cenário internacional. A feira permitiu ainda ao governo do Estado, representantes do turismo e setores do comércio, que é possível avançar muito mais nesse setor no Norte, uma região rica em floresta e com forte tendência para o turismo ecológico.
Os novos prefeitos que assumem no próximo dia 1ª de janeiro precisam ser ousados e investir na melhoria da infraestrutura de suas cidades para receber o turismo. Rondônia possui dezenas de municípios com hotéis que não deixam nada a desejar em relação à rede hoteleira do Sul do Brasil. As cidades de Ouro Preto do Oeste, Porto Velho, Candeias, Cacaulândia, Guajará-Mirim, Cacoal e Costa Marques, na fronteira com a Bolívia, são municípios importantes e reúnem todo o ingrediente necessário para impulsionar o setor. 
O governo do Estado tem feito sua parte. A construção das usinas do rio Madeira permitiu a abertura de novos hotéis com bandeira internacional. A rede hoteleira em Porto Velho, por exemplo, está preparada para receber turistas de todo o Brasil e sediar importantes congressos nacionais.
Não se pode esquecer da internacionalização do aeroporto Internacional Jorge Teixeira, na capital de Rondônia. A Fecomércio abraçou essa causa em 2014, mas o processo ainda não foi consolidado por questões burocráticas da Receita Federal. Alguns aeroportos do interior do Estado dependem de reformas. A Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, estabeleceu novas exigências fixadas para funcionamento de aeroportos. Ji-Paraná e Guajará-Mirim estão nessa situação. Dentro de alguns dias o DER deverá realizar concurso público para contratação de servidores com formação especializada para trabalhar nesses aeroportos.
Muitas vezes esquecida, a pasta do turismo deve ser prioridade dos novos gestores. Os prefeitos precisam ser ousados e ouvir as demandas dos empresários. Muitos gestores assumirão em 2017 com orçamento do município bem reduzido. As projeções da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) indicam queda no próximo ano na transferência de recursos por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). É mais um motivo para os prefeitos correrem contra o tempo e discutir o turismo com a visão de empreendedor.

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