O candidato do MDB é o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Do PSDB é o ex-governador Geraldo Alckmin. Os dois partidos são acusados pelos opositores de arquitetarem um poderoso esquema para tirar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) do comando do Governo. Com o impeachment de Dilma, os dois partidos passam a caminhar unidos e fatiando o governo.
No debate da Band, segundo o jornal Folha de São Paulo, Henrique Meirelles (MDB) saiu apagado do debate. O ex-ministro da Fazenda teria ganhado alguma exposição se fosse usado como escada pelos adversários para ataques ao presidente Michel Temer, mas nem isso ocorreu.
De acordo com o jornal paulista, Meirelles foi pouco convincente tanto ao buscar distância da política tradicional (“nunca exerci mandato”) quanto ao apagar seus laços com Temer (“trabalhei pelo Brasil”).
Alckmin não atacou seu adversário. Não há dúvida que os dois partidos estarão no mesmo palanque no segundo turno. Petistas ainda apostam todas as fichas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba (PR), conseguirá registrar sua candidatura na Justiça Eleitoral.
No mês de junho, as campanhas publicitárias de Henrique Meirelles e Geraldo Alckmin atacaram o presidenciável Jair Bolsonaro, em uma clara atitude de “aliança branca” entre os dois partidos. Em função da bancada de parlamentares no Congresso Nacional, os dois partidos têm o maior tempo de tempo de televisão e vão utilizar esse espaço no programa eleitoral para mostrar o plano de governo e atacar os adversários.
Uma observação bem interessante foi feita pelo jornalista Luis Nazif, com o seguinte título: “MDB, PSDB e Centrão: alinhados no Congresso e nas eleições”. De acordo com o texto, o PSDB e outros partidos aliados aos tucanos pela candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência votaram quase sempre juntos e a favor de projetos apoiados pelo governo no Congresso após a chegada do presidente Michel Temer (MDB) ao poder, em 2016. Os partidos do chamado Centrão pouco divergiram do governo, segundo levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
“Tucanos e o Centrão mostram elevado grau de coesão ideológica em sua atuação parlamentar, ao contrário do que sugerem críticas dirigidas à aliança construída em torno de Alckmin. Segundo o Banco de Dados Legislativo do Cebrap, 88% dos deputados do PSDB votaram com o governo. Nas bancadas dos oito partidos alinhados com Alckmin (DEM, PP, PPS, PR, PRB, PSD, PTB e SD), o apoio ao presidente no Congresso variou entre 83% e 89% – índice similar ao apresentado pelo PSDB. Todos esses partidos ocupam cargos no governo. Com exceção do Solidariedade, cada um ganhou um ministério”. Nassif disse tudo.
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