O processo de internacionalização do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho, se tornou promessa política e está longe de sair do papel. O assunto entrou em pauta em 2014, em plena campanha eleitoral. De lá pra cá, pouco avançou. O aeroporto recebeu investimentos do Governo Federal e ganhou este ano os conectores de embarque e desembarque de passageiros, investimentos de mais de R$ 6 milhões.
Mas o que a população e principalmente comerciantes almejam é a sonhada internacionalização do aeroporto, hoje presente apenas no nome. Todos os órgãos federais envolvidos no assunto participaram da reunião em agosto de 2014 e demonstraram grande interesse no assunto.
O aeroporto internacional precisa do alfandegamento para receber voos internacionais. A Federação do Comércio do Estado de Rondônia (Fecomércio) se empenhou nos últimos 4 anos, promovendo reuniões com representantes da Receita Federal. Nem o cronograma de trabalho para o processo de internacionalização foi cumprido.
Ao longo desse período, toda a estrutura governamental foi alterada e novos gestores passaram pelo comando da Infraero e Receita Federal, retardando o processo de internacionalização do aeroporto. A internacionalização do Aeroporto Jorge Teixeira é importante para a economia do Estado e empresas internacionais já demonstraram interesse em atender à demanda no Estado.
Companhias aéreas da Bolívia e de outros países procuraram representantes do Governo Federal em busca dessa aproximação comercial. Em Rondônia não existia demanda de passageiros, mas hoje o cenário é bem diferente. A população cresceu e o Estado passou a receber novos turistas.
As empresas de transporte aéreo comemoram no início deste ano lucros com o número de passageiros transportados em voos domésticos, o que representou um aumento de 2,2% em 2017, conforme apresentou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De acordo com o balanço, no total, foram transportados em voos dentro do País 90.626.847 milhões de passageiros, contra os 88.677.56 de 2016.
Em voos internacionais, houve aumento de 11,7% em 2017, com 8.357.924 milhões passageiros transportados por empresas brasileiras em voos internacionais, com origem ou destino no Brasil, representando alta de 11,7% em relação a 2016, quando o número foi de 7.485.043 milhões. Rondônia está perdendo parte de bolo de receita orçamentária, originária do turismo.
Polícia Federal, Infraero, Anac e Receita Federal precisam buscar uma saída para o Estado receber voos internacionais. A bancada federal de Rondônia no Congresso Nacional também tem papel importante na intermediação com o Governo Federal dessa demanda importante para a economia local. Rondônia precisa abraçar uma campanha forte em torno da internacionalização, caso contrário, vai continuar perdendo receitas.
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