1 de agosto de 2018

As estatísticas do trânsito já existem

Órgão importante no auxílio aos municípios, o  Ministério das Cidades está coletando dados sobre acidentes de trânsito nos Estados para ter um perfil personalizado das principais causas de acidentes com vítimas fatais em cada região do País, segundo informou ontem o presidente Michel Temer (MDB) e ministro das Cidades, Alexandre Baldy, em cerimônia no Palácio do Planalto. 
A medida “inédita” causa duas preocupações: a primeira é a verdadeira falta de informação no banco de dados do Ministério das Cidades; a segunda é a ausência de comunicação do órgão ministerial com os Detrans nos Estados. Todos sabem que as maiores vítimas de acidentes de trânsito são motociclistas, conforme apontou o Diário em reportagem publicada na edição de domingo. 
As informações sobre vítimas de acidentes em Rondônia estão disponíveis no próprio banco de dados do Ministério da Saúde. No Brasil, o estudo apontou que, oito em cada 10 acidentes de trânsito relacionados ao trabalho foram sofridos por homens. Por faixa etária, os jovens com idades entre 18 e 29 anos foram as maiores vítimas (40,1%) e quase metade desses acidentes ocorreram nos Estados da região Sudeste (47,5%). Quando falamos em lesões, o Sinan registrou que 22,5% delas foram ocorridas em membros inferiores e 15,7% nos superiores. Desses acidentes, 63% evoluíram para incapacidade temporária.
Segundo o próprio ministério, a partir de cooperações com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), monitoramento pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) e Desenvolvimento do Projeto-vida-no-trânsito, a partir de 2010, o órgão tem conseguido priorizar a intervenção nos fatores de risco para acidente de trânsito, como o consumo de bebida alcoólica e velocidade inadequada para a via, além de priorizar determinados grupos de vítimas, como os motociclistas, a partir das análises de situação. 
Todos sabem que as rodovias mantidas pelo Governo Federal nos Estados estão em péssimas condições de trafegabilidade. É o caso da BR-364. O trecho considerado mais crítico, há 20 anos, é entre Jaru e Ariquemes. Não precisa fazer coleta sobre esses números. As estatísticas da PRF já apontam as causas. 
O que talvez o Governo Federal esteja necessitando nesse momento é uma política mais eficiente sobre o uso de álcool nas estradas. Nas estradas federais e nas avenidas das cidades, o uso de celular, o consumo de álcool e a imprudência sempre serão as principais causas de acidentes. As estatísticas divulgadas recentemente indicam a falta de uma fiscalização com eficiência e campanhas educativas.

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