A partir de hoje, os eleitores estarão de olho na mobilização dos candidatos às eleições de outubro. Neste ano, a população vai eleger o futuro presidente da República, senadores nos Estados, deputados federais e estaduais. Em Rondônia, 175 candidatos apresentaram pedido de registro de candidaturas, sendo que 9 estão na disputa ao governo do Estado e 116 concorrem às 24 vagas na Assembleia Legislativa.
A eleição deste ano está preocupando até candidatos experientes e com mais de 20 anos da vida pública. Será uma eleição muito difícil, principalmente para quem almeja a reeleição. Os últimos escândalos de corrupção impulsionados pela operação ‘Lava Jato’ causaram um grande estrago na carreira de muitos políticos e construíram um cenário nebuloso e incerto na corrida eleitoral.
Diante do atual momento econômico que o País enfrenta com mais de 13 milhões de pessoas desempregadas, não será fácil convencer o eleitor a votar nestas eleições. O eleitor sonha, no mínimo, em ter de volta o seu emprego. Os últimos indicadores econômicos apresentados revelam que o País pouco avançou na questão da saúde, segurança pública e educação.
De acordo com estudo inédito apresentado na última terça-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), seis em cada dez crianças no Brasil vivem na pobreza. São crianças e adolescentes até 17 anos que são monetariamente pobres e/ou estão privados de um ou mais direitos, como educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil. Esse cenário favorece alguns candidatos, que aproveitam esse ambiente como fonte ‘importante’ de voto.
O percentual de meninas e meninos da zona rural que não têm direitos garantidos é o dobro daquele nas áreas urbanas, 87,5% contra 41,6%. Meninas e meninos negros registram uma taxa de privação de 58,3%, entre crianças e adolescentes brancos, não passa de 40%. As regiões Norte e Nordeste aparecem com os maiores índices de privação de direitos - com exceção de moradia, em que a região Sudeste supera o Nordeste. Na zona rural nos Estados é imensa e a Justiça Eleitoral não tem a estrutura necessária para fiscalizar os aliciadores.
Apesar de todo aparato da Justiça Eleitoral, em favor de denunciar os compradores de voto, o próprio eleitor está se corrompendo. Os candidatos a deputado ouvidos pelo Diário relataram que esta semana receberam oferecimentos de venda de votos. O eleitor precisa saber que o País está passando por uma profunda mudança e que o atual momento é de grande importância para começar a construir uma nova história.
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