A BR-319 é o único caminho de acesso terrestre do Brasil aos portos de Manaus. Hoje toda a produção de alimentos do Brasil entra por Porto Velho pela BR-364 e segue à capital do Amazonas por meio da hidrovia do rio Madeira.
Ao longo dos últimos anos, foram inúmeras audiências públicas para tratar da situação da BR-316. Foram realizadas mobilizações entre as bancadas de Rondônia, do Acre, Roraima, Pará e Amazonas. A rodovia é tão importante para o Norte como é a BR-163, no Mato Grosso, para o Centro-Oeste.
A 163 tem sua relevância econômica por ser uma rodovia por onde passa a produção de soja de Mato Grosso com destino aos portos do Pará. No início do ano, a forte chuva resultou em um verdadeiro caos e levou o presidente Michel Temer a anunciar uma força-tarefa e recuperação de trechos críticos da rodovia localizada em plena floresta.
A obra de manutenção da 319 coleciona um histórico de paralisações e não se sabe o verdadeiro motivo. Enquanto na 163 o governo investe pesado para garantir o tráfego de carretas ao ano todo, principalmente em período de chuvas, na 319 parece existir um caminho inverso. Todos os anos existem interrupções dos serviços por inúmeros motivos.
A Fiero é uma das principais apoiadoras da mobilização em defesa da manutenção da BR. Segundo a entidade, o mercado rondoniense tem sede de comercializar seus produtos no Estado amazonense, mas a falta de logística tem comprometido esse desejo. Com a estrada em boas condições de tráfego, será possível transportar alimentos produzidos em solo rondoniense com qualidade, principalmente carne, frango e peixe. Todos ganham com a rodovia em bom estado de conservação.
Rondônia tem uma importante vocação no setor do agronegócio e toda a produção agrícola produzida em Porto Velho chega ao Amazonas por meio de transporte fluvial. A viagem é longa e chega a ter uma duração de até quatro dias de barco - isso quando o rio está cheio. Pelo transporte via terrestre, os produtos vão chegar ao Amazonas em até 28 horas.
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