A saúde sempre foi um tema bastante polêmico em Rondônia. Os ex-governadores que conduziram o estado nos últimos anos receberam o desafio de mudar o atual cenário do setor de saúde do Estado, em especial do hospital João Paulo II, em Porto Velho, um dos maiores do Estado e que nos últimos anos recebeu demanda de pacientes de todo o estado.
Governadores assumiram com a promessa de regionalizar a saúde, contratar um maior número de profissionais e ampliar o número de unidades especializadas em casos emblemáticos. 16 anos se passaram e as demandas aumentaram no setor. O Diário acompanhou durante três dias a situação da saúde e percebeu que houve um importante um avanço, mas ainda é possível melhorar.
Apesar da regionalização, o Hospital João Paulo II ainda continua recebendo demanda de outras regiões. Na última sexta-feira, por exemplo, um paciente do município de Nova Mamoré, distante 230 km da capital, estava na fila do corredor da unidade de saúde. Foi vítima de tentativa de homicídio. Infelizmente, apesar de toda a campanha de educação e conscientização, o trânsito continua fazendo vítimas e sobrecarregando os leitos nas UTIs.
Graças a intervenção da Justiça e dos órgãos de fiscalização e controle, hoje não é mais possível encontrar paciente deitados no chão do Hospital João Paulo II recebendo atendimento. Os enfermeiros sempre estão atentos e dedicam atenção especial aos pacientes que estão passando por procedimentos médicos. Os médicos também são atenciosos e não medem esforços para fazer o melhor possível para atender a demanda na unidade de saúde.
Ser médico em Rondônia, além de gostar da profissão, precisa ter paciência e preparado para desafios. Quem atua como profissional no Hospital João Paulo II é capaz de exercer a profissão em qualquer lugar do país. Muitos preferem deixar Rondônia para trabalhar em outros estados, onde a saúde está um pouco mais avançada em relação à Rondônia.
A saúde preventiva é outra medida alternativa que pode contribuir com o poder público e reduzir o número de atendimentos nas unidades de saúde, principalmente das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Muitos chegam ao hospital João Paulo II em busca de atendimento por problemas relacionados a má alimentação e a falta de atividade física.
Com profissionais que hoje são formados em Rondônia, é possível mudar a história da saúde nos próximos anos. Os órgãos de fiscalização também podem contribuir com a melhoria no setor, opinando e apresentando medidas que possam melhorar o atendimento à população.
O próximo governador que for eleito, precisa, antes de tomar qualquer decisão no setor , ouvir primeiramente a classe médica. E de lá que poderá sair solução para construir uma nova história na Saúde de Rondônia.
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