O Instituto Datafolha divulgou na última segunda-feira, a primeira pesquisa após o início da propaganda eleitoral no rádio e televisão, e trouxe uma novidade que merece uma análise profunda por parte dos cientistas políticos: a queda acentuada do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O Ibope, o mesmo que apontou o tucano Expedito Júnior (PSDB) com o maior índice de rejeição ao governo de Rondônia – 31%, traz o coronel reformado do Exército com o elevado índice de rejeição do eleitorado.
Segundo o Datafolha, 43% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum em Jair Bolsonaro. O instituto constatou que a resistência é maior entre mulheres (49%), os mais jovens (55%) e no Nordeste (51%). Nessa região, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) tem a preferência do eleitorado.
A alta rejeição explica o mau desempenho de Bolsonaro nas simulações feitas pelo Datafolha para o segundo turno da disputa. De acordo com os cenários estudados, ele perderia para Alckmin, Marina e Ciro e chegaria à segunda rodada da eleição empatado com Haddad se ela fosse realizada hoje.
Na semana passada, Bolsonaro foi vítima de atentado quando fazia campanha em Minas Gerais. Ele foi esfaqueado e segue internado. Por conta do atentado, ele dominou o horário nobre da televisão, mas esse ato de violência não teve influência no resultado da pesquisa.
Política é como nuvem e pode haver mudança a qualquer momento. Ainda faltam 25 dias para a eleição de primeiro turno e muita coisa pode mudar até lá. Não se sabe se Jair Bolsonaro vai continuar crescendo, mas a única certeza nessas primeiras semanas de campanha é que o líder nas primeiras pesquisas chegou ao limite de índice de preferência do eleitorado, o mesmo atingido pelo candidato ao governo de Rondônia, Expedito Júnior – 30%.
O Ibope divulgou ontem, a segunda rodada da pesquisa após o início da propaganda eleitoral e das sabatinas na televisão dos candidatos a presidência. Jair Bolsonaro segue como líder de rejeição com 41%. Na primeira pesquisa Ibope a rejeição do candidato era de 44%. Esse indicativo pode influenciar no voto de eleitores indecisos e menos esclarecidos com o processo eleitoral.
A tendência, ainda, nos próximos dias, é de muita mudança no cenário político, inclusive em Rondônia. Com o início do programa eleitora, a partir de agora, a população indecisa começa a analisar com maior atenção os nomes que foram colocados à avaliação do eleitorado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário