Finalmente o processo licitatório da empresa que vai tocar a obra do sistema de água e esgotamento sanitário da zona Sul de Porto Velho ganhou um final feliz na última sexta-feira. Foi assinada ontem pelo governo do Estado a ordem de serviço da execução do projeto que vai permitir levar água tratada às famílias que residem na região.
O caso estava se arrastando na Justiça e Rondônia corria o risco de devolver aos cofres da União mais de R$ 500 milhões por conta de uma ação impetrada no âmbito do Poder Judiciário por uma empresa derrotada no processo licitatório. Ao que parece, a Justiça foi feita.
Com uma população de mais de 200 mil famílias, a zona Sul de Porto Velho é uma das regiões mais castigadas no município com a falta de água tratada. Nessa época do ano, o volume de água nos poços artesianos é bem reduzido e os moradores são obrigados a contratar caminhões-pipa, caso contrário, ficam sem água.
Já no período do inverno amazônico da região, a situação é bem mais complicada. Com a intensa chuva e a falta de saneamento básico na maioria das ruas, os poços artesianos ficam comprometidos devido a contaminação do lençol freático. A própria Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd) realizou um estudo que apontava coliforme fecal em alguns poços.
É possível que esse sofrimento da população da zona Sul esteja com os dias contatos. Como Rondônia enfrenta hoje uma das piores estiagens do ano, é necessário essa obra começar o mais rápido possível. Com a aproximação do inverno amazônico, previsto para o mês novembro, será inviável toca uma obra desse porte.
Apesar de todos os investimentos, Porto Velho ainda ocupa a pior posição no fornecimento de água tratada à população. Divulgado recentemente pelo Diário, um estudo realizado em 2013 pelo Instituto Trata Brasil mostrou a capital rondoniense na 99ª posição ao lado de Macapá (AP) e Ananindeua (PA). Hoje apenas 30,77% da população consome água tratada. É necessário mudar esse percentual. A Justiça fez sua parte.
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